Imperial, a morte do jovem técnico
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de dezembro de 1988
A morte do engenheiro Paulo Imperial, 44 anos, na madrugada da última quarta-feira, em São Paulo, entristeceu a comunidade rodoviária do Paraná. Embora capixaba de Cachoeira do Itapemirim, formado em engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Imperial encontrava-se há muitos anos no Paraná. Funcionário do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, chefiou a residência de Campo Mourão, e, posteriormente, por cinco anos, o serviço de obras do 9º Distrito.
Nos últimos dois anos, entretanto, vinha se destacando nacionalmente por sua preocupação pela área de segurança de trânsito. Chefiando o serviço de engenharia e segurança de trânsito, empenhou-se em vários projetos para dar maior segurança às rodovias - especialmente na detecção dos chamados "pontos negros" (locais em que há maior número de acidentes) e utilização de formas capazes de reduzi-los. Estatísticas dos últimos meses mostram que, como conseqüência de seu empenho, em várias rodovias foram obtidos resultados positivos.
Paulo encontrava-se em São Paulo, para uma reunião da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, na qual apresentaria um amplo trabalho elaborado nos últimos meses, quando, em questão de minutos, sofreu um enfarte agudo e faleceu imediatamente. Seu corpo foi transportado para Curitiba, de onde seguiu por avião, para Cachoeira do Itapemirim, sua cidade natal, na qual foi sepultado na manhã de quinta-feira.
Jovem, bem humorado, ativo participante na vida associativa - ocupava a presidência da Associação dos Servidores do 9º DRF/DNER, na qual vinha realizando uma esplêndida administração - a morte de Paulo Imperial é difícil de ser absorvida por seus amigos e colegas. Um grande técnico e, sobretudo, pessoa admirável - cuja morte deixa menor o nosso mundo.
LEGENDA FOTO - Imperial: a morte aos 44.
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