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Aramis

Ivo interpreta Chopin

Aos que tanto apreciam a obra de Frederic Chopin (1810-1849) a oportunidade de ouvir mais algumas de suas peças em novas interpretações de um virtuose internacional - enquanto o carioca Arthur Moreira Lima, colocado por muitos críticos como o melhor intérprete do gênio polonês, continua a gravar a íntegra de sua obra, em luxuosas edições que a Dall'Art só vende pelo correio. A Polygram, com caprichadas produções da Deustsche Grammophon, traz o pianista Igor Pogorelich em uma dupla dose da obra de Chopin. Apenas como solista, Pogorelich interpreta a Sonata para piano nº2 em si bemol menor opus 35, no lado A de um elepê gravado na Alemanha em 1981, complementado por um Prelúdio (opus 45), Scherzo (opus 39), o Noturno nº55 e mais três estudos no lado dois. Já com a excelente Orquestra sinfônica de Chicago, sob a regência de Cláudio Abbado, em gravação mais recente (1983) temos o concerto para piano e orquestra nº2 em fá menor, opus 21 - e, mais a Polonaise em fá sustenido menor, opus 44. Igor Pogorelich, virtuose do piano que pouco a pouco vai tendo suas gravações editadas no Brasil, nasceu em Belgrado há 27 anos. Quando tinha apenas 11 anos prosseguiu seus estudos iniciais de piano na Escola Central de Música em Moscou e cinco anos mais tarde ingressou no Conservatório Tchaikowsky. Seus mestres foram os professores Timakhin, Gonostaeva e Malinin, de quem aprendeu, segundo suas próprias palavras, "execução normal do piano". A influência básica foi de Alice Kezeradze, com quem se casou em 1980. Com seus ensinamentos, sua carreira se projetou a partir de 1977 e no ano seguinte ganhou a Competição Casagrande em Terni (Itália) e depois de uma enfermidade tê-lo forçado a descansar por um ano, ganhou o primeiro prêmio no Concurso Internacional de Música em Montreal em 1980 (apesar do pouco tempo para se preparar). No mesmo ano participou do concurso internacional Chopin de Varsóvia, que não lhe valeu prêmio, "mas em vez disso, fama, reconhecimento, contratos para concertos e a aura do escândalo" (Joachim Kaiser, "Suddeutsche Zeitung", Munique, fevereiro/81). Nos últimos 4 anos tem se apresentado em várias capitais da Europa e Estados Unidos.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
19
03/02/1985

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