A Lapa no Dicionário das grandes batalhas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de janeiro de 1988
O Paraná é um Estado pacífico. Tanto é que folheando-se as 542 páginas do interessantíssimo "Dicionário das Batalhas Brasileiras", do historiador Hernani Donato (Ibrasa, 1987), se encontram mínimas referências ao nosso Estado como campo de batalhas.
O maior destaque é, naturalmente, para a Lapa, que ocupa 68 linhas na página 338, dividida em quatro verbetes, referências aos conflitos militares que ali aconteceram há exatamente 96 anos - entre 16 de janeiro a 7 de fevereiro de 1894.
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O registro feito em torno do "Cerco da Lapa" é sintético - naturalmente por se tratar de um dicionário - com poucas referências pessoas. São citados por Hernani Donato o oficial Argolo Mendes, que comandando um destacamento de artilheiros, rechaçou os primeiros ataques a 17 de janeiro de 1894. Depois, as referências são do comandante Gomes Carneiro e do civil Joaquim Lacerda, que liderou a Segunda Brigada.
No final do verbete, é feito o registro: "Do lado florianista as mortes mais lamentadas foram as do coronel Cândido Dulcídio Ferreira, comandante do Regimento de Segurança do Paraná e do tenente-coronel Amintas de Barros, comandante do Batalhão Floriano Peixoto. Gomes Carneiro morreria no dia 9 de fevereiro, recomendando a continuação da resistência.
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Com o subtítulo "Dos Conflitos com Indígenas às Guerrilhas Políticas Urbanas e Rurais", o "Dicionário das Batalhas Brasileiras" estabelece um referencial painel das lutas que aconteceram no Brasil. Assim, mais de duas mil batalhas, detalhadas e documentadamente, foram levantadas neste dicionário original - e que vem se acrescentar a outras obras de referência específica, que, felizmente, têm sido lançadas nos últimos anos - para que se torne mais fácil a consulta aos fatos que marcaram a nossa História.
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