Lee e Eric, duas guitarras bambas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de maio de 1988
A guitarra elétrica nas mãos de dois mestres, de épocas diferentes mas identificadas por uma grande criatividade. O inglês Eric Clapton (Surrey, 1945), para muitos um dos maiores nomes da história do jazz e que marcou inúmeros grupos dos anos 60/70 (Yardbirds, John Mayall's Blues Breakers, Cream Blind Faith etc.), pode ser ouvido numa espécie de síntese na gravação ao vivo "Timepieces volume II: Live in the Seventies" (Polygram). Com canções dos anos 1971/79, Eric Clapton, em dezembro de 1979, no Budokan Theatre, em Tóquio, acompanhado por uma ajustadíssima banda (Henry Spineti na bateria; Chris Stainton nos teclados; Albert Lee e Dave Markee nas guitarras) reviu hits como "Presence of the Lord", "Tulse Time", "Smile" e "Blues Dower". Um bom disco documental, que passados quase 10 anos, mostra seu vigor.
Em outro lado da linha. Lee Rittenour, 32 anos, cada vez mais identificado com compositores (gravando especialmente Ivan Lins) e músicos brasileiros (aqui tem estado constantemente), em seu último lp ("Earth Run", GRP/CBS) ampara-se em nada menos que 14 músicos - entre os quais os irmãos Dave e Don Grusin, o sax de Tom Scott e a percussão do carioca Paulinho da Costa, para um gostoso repertório, intercalando temas de Herbie Hancock ("Butterfly"), com vários temas próprios - demonstrando sua versatilidade de compositor e instrumentista.
LEGENDA FOTO - Lee Rittenour: uma aproximação cada vez maior com o Brasil.
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