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Leituras

Cronista, contista, comediógrafo, mas sobretudo jornalista de grande talento, João do Rio (Paulo Barreto, 1881 - 1921) representou, como ninguém, um momento, uma atmosfera, uma fisionomia urbana, um estilo de vida que o tempo transformou, numa transformação mágica de substituição de imagens, deixando para trás e meio fora de fogo esse "poente renovador do modo de escrever em jornal e dos meios de comunicação do escritor com o público", no dizer de Gilberto Amado. O Rio de Janeiro era a sua matéria, o seu cenário, o seu assunto permanente. No conjunto, a obra de João do Rio constitui o mais minucioso vivo e válido dos retratos de uma época, através dos múltiplos aspectos da vida carioca nas duas primeiras décadas do século XX. Em "As Religiões do Rio", que em tão boa hora a Editora Nova Aguiar reedita em sua Biblioteca Manancial - inicialmente publicada em forma de reportagem, na "Gazeta de Notícias", João do Rio descreve os aspectos exteriores dos cultos de origem africana já assimilados no Brasil e de certa forma deturpados pelo sincretismo cultural do nosso meio, sendo hoje praticamente impossível ao estudioso de tais assuntos conhecer as práticas mágico-religiosas dos negros de origem sudanesa ou bantu no Rio de Janeiro do começo do século, sem recorrer ao abundante manancial de informações fornecidas pelas suas reportagens.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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20/07/1976

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