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Aramis

Livros às mancheias nesta semana literária

Livros às mancheias nesta semana de muitos lançamentos. Começa hoje com a jovem (23 anos) Jacqueline Andréa Glaser autografando seu segundo livro de poesias ("Espelhos", Edições Ipê, 66 páginas, ilustrado com fotos de Rui Arsego) na galeria de arte Banestado, às 18h30, e prossegue amanhã com um lançamento coletivo de cinco novos títulos que a Secretaria da Cultura, nesta última semana da administração René Dotti (afinal, quem será o seu sucessor? Era a pergunta que mais se fazia até domingo) fará desaguar na praça. Desde a poesia clara, exata e precisa de Jacqueline até a maturidade de um dos "scholars" mais respeitados do Paraná - e que também tem o seu lado de poeta - como Hélio Fileno de Freitas Puglielli, 53 anos, em "O Ser de Parmênides chama-se Brahma", sem falar em alguns poemas inéditos de nossa maior lírica Helena Kolody ("Ontem Agora"), estão neste promissor pacote de letras. Uma nova e elogiada poeta, a bela Marlova Raimundo - esposa de Hélio Puglielli - tem lançado seu primeiro livro ("O Sentido Infinito"), enquanto Luci Collin, já conhecida, mostra novos exercícios de lirismo em "Espelhar". Na série "Textos Sempre", vem o estudo "Ivahy - Saga e Lenda / Vida e Lida", de Arthur Barthelmes e para outra faixa de público - o infantil - um belo livro de um novo autor: "De Papo com a Noite", de João Anzenello Carrascoza. Dentro da programação de despedida de seus quatro anos de gestão, o secretario René Dotti - que só pelo que escreveu de apresentações, prefácios, notas de orelha (sem falar em discursos e outros textos) poderia também ser um dos autores editados - estão previstos ainda mais 10 ou 15 títulos, incluindo uma obra da maior importância referencial - "A Música do Cassino Ahú", do pesquisador Alceu Schwab e a nova coletânea de críticas de cinema de Lélio Sottomaior Jr. ("Cinematographo"). xxx Amanhã, coincidindo com os lançamentos dos livros editados pela Secretaria da Cultura, no Museu da Imagem e do Som (Rua Barão do Rio Branco, 395), a partir das 19h30, há a apresentação de uma edição original: "Pássaros se Beijando", de Efigênia Ramos Rolim, 57 anos, viúva, 9 filhos, que foi bóia-fria, lavadeira e hoje é uma das mais entusiastas integrantes do grupo alternativo liderado pelo múltiplo Hélio Leites. Faz parte da Ex-cola de Samba Unidos do Botão (criou alguns dos mini-carros alegóricos, que foram o melhor do último e frágil Carnaval curitibano), é uma das sacerdotisas da Igreja da Salvação pela Graça e, naturalmente, uma "botoneira" nata. Eugênia que, segundo Hélio, "é gente pobre, vivendo com a pensão do marido, mas extremamente feliz, escreve poesia, da boa, faz suas músicas, também das boas, e tem até experimentado a linguagem dos quadrinhos de recortes". Uma personalidade que merecerá perfil mais detalhado numa de nossas próximas edições. LEGENDA FOTO - Hélio Puglielli: autografando amanhã seu livro "O Ser de Parmênides Chama-se Brahma".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
12/03/1991

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