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Aramis

Maria Helena

Seu canto é triste como [os] seus olhos são misteriosos, sugerindo histórias de amor sem happy end. Alta e loira, já foi uma vez chamada de "a Marilyn Monroe da canção brasileira". A comparação com a planinum blonde dos anos 50 a agradou e até hoje ela sabe dar uma interpretação única a My Heart Bellongs To Daddy, antológica música de Cole Porter de Cole Porter que Marilyn cantava em "Adorável Pecadora" (Let's Make Love, 59, com reprise prometida para breve no cine Rivoli). Seu nome já inspirou ao paulista Alberto Landi um clássico de nossa MPB e foi também tema de um dos boleros de maior sucesso há três décadas: Maria Helena, Paulista, filha de família de quatrocentos anos de tradição e quatrocentos milhões de fortuna, trocou uma vida burguesa pelos sofridos caminhos da música. Em quinze anos, morou no México e em Portugal, onde fêz carreira, gravou discos, trilhou caminhos de amor & desamor. De volta ao Brasil, reinicia uma carreira de cantora - numa linha que tem poucas vocalistas de sensibilidade: a música dor-de-cotovelo. Seu repertório é grande - canta em inglês, francês, espanhol e português - e a medida que o show vai acontecendo, escolhe as canções, de conformidade com o tipo de público que a aplaude. No final, sempre, os aplausos são muitos. Maria Helena, uma cantora de muitos caminhos e 15 anos de carreira em palcos estrangeiros, canta agora no Brasil. E desde quinta-feira mostra seu talento no restaurante Mouraria.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
4
12/04/1975

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