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Aramis

A milenar arte grega: da colônia ao público

Comemorando seu jubileu de prata, a Associação Helênica do Paraná abre hoje, às 20h30 no palacete Cultural Leão Jr. (Av. João Gualberto, 570), a exposição Presença Grega, com um acervo colhido entre as 60 famílias de origem helênica que residem no Estado. Com a mostra "Presença Grega" os representantes desse povo, residentes em Curitiba, abrem as portas de suas casas para mostrar seus costumes, sua cultura e suas relíquias trazidas para o Brasil pelos antepassados e conservadas até hoje, como símbolo de respeito a uma cultura que antecede a vinda de Cristo. Do acervo da colônia grega do Paraná constam jóias antigas, pratarias, cerâmicas do século V e VI antes de Cristo que são réplicas do Museu Nacional de Atenas, trazidas para o Paraná pelos gregos há mais de cem anos. Também estarão expostos bordados típicos, o 1º jornal grego editado no Brasil (elaborado em Curitiba), documentos, alguns livros raros e ícones seculares. Durante a exposição estarão sendo rodados filmes turísticos sobre a Grécia e na abertura, os visitantes serão saudados pela banda da Polícia Militar, que vai executar os hinos nacionais do Brasil e da Grécia. Um grupo de garotas da colônia grega estará recepcionando os visitantes com seus trajes típicos ultracoloridos. A mostra, que é uma promoção da Secretaria da Cultura, Consulado da Grécia, Universidade Federal do Paraná, IBM Brasil e Associação Helênica do Paraná, com patrocínio do Citybank, permanece aberta à visitação pública até o dia 30 de novembro. As escolas de segundo grau interessadas em formar grupos para conhecer a exposição devem entrar em contato com a professora Maria L. Comninos, uma das organizadoras da mostra, para marcar a visita que será sempre acompanhada por um representante dos gregos que vai explicar todos os aspectos da mostra. O telefone para contato é 264-2522, ramal 215. Segundo Constantino Comninos, presidente da Associação Helênica, "Para explicar a presença dos gregos no Paraná é necessário voltar ao fim do século passado, quando dois primos, vindos de uma pequena ilha chamada Castelrosso cujo nome original é Megiste, pertencente ao arquipélago de Dodecaneso (doze ilhas), aportaram em Florianópolis. Após duas viagens, o capitão Savas, proprietário de uma pequena embarcação, instala-se em Florianópolis e passa a receber inúmeros compatriotas de Castelrosso. Depois, Savas Joanides vem para Curitiba com atividades de comércio e em seguida vai em busca do mar e desce a serra em direção a Paranaguá. Após a Segunda Guerra, a imigração grega intensifica-se e inúmeras famílias, não encontrando amparo em São Paulo (que sempre representou o maior número de gregos no Brasil) chegaram a Curitiba, ao Norte do Paraná e anteriormente em Ponta Grossa". LEGENDA FOTO - Cruz de Bizâncio: símbolo de constantino representando, através das águias bicéfalas, a união Ocidente e Oriente.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Nenhum
1
09/11/1988

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