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Aramis

A mulher & as ruas

Sem a égide da Fundação Cultural de Curitiba - que alegou as mais diversas razões para não editá-lo oficialmente - mas tendo subvenção municipal, tanto é que a foto do prefeito Saul Raiz ocupa a terceira página, com a legenda "a quem se deve a editoração", afinal saiu o 2º volume de "Almas das Ruas" da professora Maria Nicolas. Nestas alturas, pouquíssimas pessoas lembram-se do 1º volume lançado em 1969, em papel jornal, também na época com patrocínio da Prefeitura. xxx Há mais de dois anos que temos insistido em nossas colunas pela editoração oficial de "Almas das Ruas", paciente trabalho de pesquisa da professora Maria Nicolas com dados biográficos de todos os patronos das alamedas, avenidas, jardins, largos, praças, ruas e travessas. A Fundação Cultural poderia ter englobado o material dos dois volumes numa espécie de índice biográfico das ruas da cidade, com mapas, pequenos verbetes numa edição bem diagramada e ilustrada. Mas não houve ninguém dentro da FCC que se sensibilizasse com a idéia e assim não restou à dona Maria Nicolas outra solução do que aceitar a subvenção e fazer uma edição quase particular. No início do livro, a veterana mestra reconhece: "Aconselha-me a consciência agradecer sincera e profundamente às senhoras diretoras do Centro Paranaense Feminino de Cultura na pessoa de sua digna e ilustre presidente sra. Galdivia Vidigal Darcanchy e ao sr. Dr. João Amaral de Almeida que, conjugando esforços conseguiram meios de publicar o 2º volume da modesta obra "Almas das Ruas" que andou de lá pra cá e de cá pra lá, sem contudo sensibilizar a quem de direito". xxx Nas 377 páginas do 2º volume de "Almas das Ruas" estão biografias de centenas de pessoas que dão nome a ruas e logradouros da cidade. Se muitos são vultos nacionais, cujas biografias constam de livros de história, a maioria dos patronos [são] pessoas que viveram no Paraná, mais especificamente em Curitiba - e que tendo seus nomes perpetuados nas ruas da cidade - nem por isso são sequer conhecidos dos moradores das mesmas. Assim, neste aspecto, o trabalho de dona Maria foi meritório - e só lamentamos que sua edição não tenha feita oficialmente, pela Fundação Cultural, e enriquecida com um tratamento complementar.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
02/09/1978

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