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Aramis

Mulheres, esculturas e caricaturas alemãs

Afinal, um diferencial no catálogo da individual de Celso Silva da Silva, gaúcho de Porto Alegre, 36 anos, curitibano por adoção, que mostra seus trabalhos na sala Theodoro de Bona do Museu de Arte Contemporânea. Ao invés de buscar textos elogiativos (e muitas vezes vazios, quando preparados por "amigos") para o seu catálogo (um belo e simples designer de Deborah Schwanke), preferiu um texto poético, enxuto e que, modernamente, expõe, com modéstia, a sua proposta. Merecendo transcrição, embora no original, pela diagramação, alcance maior significado. "Nem comunicador / visual / nem artista / plástico / nem desenhista / industrial / nem arquiteto / nem geômetra / nem abstrato / nem designer / gráfico / músico / professor / ou inventor / apenas um garimpeiro de formas / que tem no / céu os pontos / do mapa / na terra / os desenhos do infinito / e no horizonte / a linha / da esfera / que espera / no silêncio da paciência / o encontro / da resposta". Embora a área de artes visuais tenha espaços apropriados e especialistas como Marlene Almeida e o veteraníssimo Aurélio Benitez, alguns registros de fim de semana. Por exemplo, Gilberto Rosenmann, que evoluiu no lucrativo designer de jóias para projetos mais amplos, está mostrando sua criatividade em esculturas de vários materiais - do barro ao espelho, da pedra ao metal, passando pelo acrílico - numa mostra (Rua Ébano Pereira, 240), dividida com Solange de Cácia, definida no release promocional da exposição (aberta no dia 23 último) como tendo evoluído, "no gestual das formas, como a brincadeira leve e solta dos pássaros, que flui na aguada dos desenhos ou no movimento do metal". Aberto a múltiplas manifestações culturais, o SESC da Esquina vem abrigando há três anos um grupo de pessoas de sensibilidade que, com maior (ou menor) garra e talento, tentam extravasar em diferentes técnicas, a sua sensibilidade. Não há regras rígidas, deixa-se livre a criatividade de cada um e muitos integrantes do grupo já partiram para vôos individuais, com resultados positivos. Agora, uma amostragem destes artista (a maioria mulheres) abrigados pelo SESC, entre os quais alguns talentos que se destacaram inicialmente nas classes da professora Suzana Lobo (no Museu Guido Viaro) foi levada ao "Espaço Aberto", tentativa dos incorporadores do novo centro de exposições, no Atuba, em movimentar aquela área. Vera Lúcia, a eficiente executiva do Instituto Goethe - que sozinha faz mais do que 50% das caras instituições (ditas) culturais da cidade, comunicando novas exposições trazidas pela generosidade dos alemães. No próximo dia 13, por exemplo, inaugura uma mostra denominada "Caricaturas - 40 Anos da República Federal da Alemanha", organizada pelo Instituto de Relação com o Exterior da República Federal da Alemanha a partir de 1949, com referência direta aos acontecimentos e com o humor crítico, "sem que se perca o prazer da caricatura como tal". Uma oportunidade de se conhecer melhor dos caricaturistas alemães - e tema para que Dante Mendonça, cartunista e editor deste "Almanaque", deite e role, com uma ampla cobertura a respeito nas páginas coloridas de nossa edição dominical. Marlene Almeida, revelação no jornalismo cultural, fazendo um bom trabalho de divulgação nacional de nossos artistas através da "Galeria - Revista de Arte", a mais sofisticada publicação especializada do País. Com uma média de 120/150 páginas, papel da melhor qualidade e, naturalmente toda em cores, "Galeria" tem circulação internacional e dedica generoso espaço aos nossos artistas - em notícias enviadas por Marlene.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
30/06/1989
Olá, Aramis! Existe um cenário melhor do que esse na literatura brasileira para os gringos conhecerem? Conheça essa historinha contada pelo próprio Ariano Suassuna no Blog PICINEZ. Sou joão de Deus Netto, designer gráfico, blogueiro do JENIPAPONEWS e do PICINEZ (ando brincando de Roberto Marinho);chargista, caricaturista e com pouco mais de três anos em riba da Serra do Mar. E é aí onde mora minha dificuldade: continuo acreditando que a melhor coisa de Curitiba não é o transporte coletivo; já conheci muita gente boa do Paraná, por este Brasil afora. Dê uma espiada no JENIPAPONEWS e no PICINEZ. http://myblog-jenipapoirado.blogspot.com/

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