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Aramis

Nana Caymmi, 2 lps em 10 anos (apesar do nome)

Parece impossível! Dorival Caymmi, mais de cem gravações, entre 78 rpm, compactos e elepes. Seus filhos: Dory, um único (e maravilhoso) elepe; Danilo, flautista, compositor, nenhum lp como solista (embora participação em dezenas de discos gravados a partir de 1963); Nana, filha mais velha de Caymmi, um elepe em 1965 e, dez anos depois, a chance de fazer seu segundo disco. Isso aconteceu agora, como um dos destaques nesta temporada. Produzida pelo pianista Durval Ferreira e seu mano, Dorim que também se encarregou dos arranjos e regência, Nana fez um senhor disco na pequena, brava e admirável Companhia Industrial de Discos, da família Zuckermann. Um disco saudoso com todo o merecido entusiasmo. Nana é personalíssima em suas interpretações, Canta como ela é. Uma mulher liberal, que assume sua própria vida, seus riscos, suas paixões dando-se de muito coração. Um crítico paulista (Oswaldo Mendes, UH 1o/7/75) lembrou Silvinha Teles, a propósito do equilíbrio, vitalidade interior e sentimento que Nana deu nas dez faixas deste elepe. Realmente poucas vezes ouvimos um disco de tanto feeling, quanto Nana conseguiu dar nas dez diferentes músicas que compõe o repertório e harmonioso, Milton Nascimento, ao violão e no contra-canto e Tom Jobim ao piano, participaram de duas faixas: "Ponta de Areia" (Milton/Fernando Brandt) e "Canção em modo Menor" (Antonio Carlos Jobim). Em "Ponta de Areia", "Branca" (Danilo Caymmy/João Carlos Padua) e "Beijo Partido" (Toninho Horta), Toninho executa violão acústico, Novelli baixo e Robertinho bateria; em "Só Louco" - justa homenagem ao papai Dorival - Danilo está na flauta e Ivan Lins ao piano. Finalmente em "Acorda Que Eu Quero Ver" (Dafé), "Tens" (Calmaria) (Ivan Lins/Ronaldo Monteiro de Souza), "Vire Essa Folha do Livro" (Vinicius de Moraes), "Canção em Modo Menor" e "Saudade" (Dorival Caymmi/Fernando Lobo), a formação instrumental foi de Toninho no violão, Robertinho na bateria, Tenorio no piano, Danilo na flauta e Novelli no baixo. Afora estes destaques instrumentais, mais a orquestra de cordas de Peter Daulsberg para completar um elepe de muito amor, da melhor mpb - segundo disco de Nana Caymmi em doze anos de carreira. E 35 anos de música, pois afinal quando ela nasceu Dorival fez uma de suas obras-primas: "Acalanto". Bendito nascimento!
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Música
43
10/08/1975
Faz tempo que quero dizer a ela que: Embora não seja muiyo simpática, é sem dúvida a MAIOR cantora brasileira. É uma voz diferente, maravilhosa, inconfundivel e inigualável. Tens uma grande fã em Porto Alegre-RS. Abraço Mara

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