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Aramis

Natal com Carmen

Como dizia Gilberto Gil, louve-se a quem merece ser louvado: Oracy Gemba teve a mais feliz das idéias para comemorar o 6º aniversário do Paiol, cuja direção artística assumiu. Um espetáculo com Carmem Costa interpretando hinos, louvados & ladainhas, na mesma linha de recitais que a maravilhosa vocalista fez, há 3 anos, no Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro, com produção dos jornalistas Antonio Chrisostomo e Arthur Laranjeiras e, posteriormente, repetido em São Paulo, na TV-Cultura e em Brasília. Carmem Costa é uma artista brasileira com múltiplas experiências. Criadora de sucessos carnavalescos ("Jarro de Saudade", "Está Chegando a Hora"), morou muitos anos nos EUA, onde chegou a participar, em novembro/62, do festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, trabalhou e gravou com Dizzy Gillespie. Infelizmente, nem sempre os grandes talentos tem o reconhecimento que merecem e assim, com poucas exceções - Chrisostomo, Ricardo Cravo Albim, Gaby Leib e Hermínio Bello de Carvalho - os produtores artísticos não tem sabido explorar as imensas potencialidades de Carmem. A gravação feita de seu recital no Outeiro da Glória permanece inédito sem que a RCA (Victor( decida-se a editá-las. Oracy Gemba, que há 3 anos já havia convidado Carmem para participar de um espetáculo de Natal, no Guairão, animou-se agora, a promover um espetáculo com Carmem Costa, acompanhado por músicos locais. A estréia será no Paiol e, posteriormente, o mesmo será levado a várias igrejas da cidade. Será, sem dúvida, uma maneira musical e belíssima de marcar o aniversário do teatro e integrá-lo inclusive ao espírito de Natal. De passagem por Curitiba, a caminho de Porto Alegre, o pianista e compositor Antonio Adolfo, acertou com J.D. Baggio, diretor artístico do Guaíra, uma apresentação na segunda-feira, dia 21. A exemplo do que está fazendo em outras cidades, Antonio Adolfo vai trabalhar com músicos locais, num intercâmbio de experiências. Aliás, Adolfo vem inovando; seu último disco, "Feito em Casa", foi produzido de forma artesanal, sem qualquer esquema industrial. Já vendeu mais de 20 mil cópias, estimulando outros instrumentistas - como Danilo Caymmi - a fazer o mesmo.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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19/11/1977

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