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Aramis

Nossos motoqueiros cruzando o Brasil

Sabor de aventura. Não é o slogan publicitário de uma marca de cigarros mas o saudável desafio em cruzar o Brasil sobre duas rodas. No ano passado, durante 2 dias, três jovens percorreram em motocicleta nada menos que 10.217 quilômetros em 10 Estados - de Paranaguá a Rondônia, ida e volta, por caminhos diferentes. Agora novamente, Jorge Luis Cansella, 32 anos, e José Carlos Pienta, 23, estão na estrada. O terceiro companheiro da jornada anterior - Ismael dos Santos, 33, não pôde se engajar no projeto, mas em seu lugar entrou Ivo Zwierzykowski, 32 anos, pai solteiro. Os três são funcionários da Petrobrás, operadores do serviço de Transferência e Estocagem em paranaguá e aproveitam as férias para caírem on the road e conhecerem melhor o Brasil. xxx No ano passado, a aventura começou a 9 de julho, e subindo pela Transamazônica, foram até a Rondônia, retornando por Manaus e depois fazendo o caminho pelo Sudeste. Este ano, Jorge Luis, o líder do grupo, fez um roteiro diferente: partindo no último dia 7 de junho, seguiram para Campinas-SP, Uberaba-MG, Goiânia, Brasília-DF. Depois de cruzar a zona mais pesada - Barreiras - Ibotirama, Rui Barbosa e Juazeiro, na Bahia, estão em Pernambuco, passando por Petrolina e Caribó, a caminho de Juazeiro do Norte - Quixadá e Fortaleza, no Ceará. O retorno será pelo Litoral: Mossoró, Natal (RN), João Pessoa (PB), Olinda e Recife (PE), Maceió, Aracaju, Itabuna, Ilhéus, Salvador, Guarapari e Vitória-ES, Rio, Angra dos Reis, Paraty, Santos e finalmente, Paranaguá - onde devem chegar no dia 3 de julho - a tempo de tomar banho, dormir e, na manhã seguinte, bater o ponto no terminal da Petrobrás. xxx No ano passado, cada um gastou uma média de Cz$ 7 mil, hospedando-se em pensões e alimentando-se saudavelmente. Este ano, considerando a inflação, levaram o dobro de recursos mas estão procurando pouso junto aos alojamentos da Petrobrás onde eles existirem, graças ao apoio de um colega de trabalho, João Francisco. Assim como no ano passado, não procuram patrocínio de nenhuma empresa - embora a viagem não deixe de ser um bom marketing para produtos ligados a motocicletas. A única ajuda foi, novamente, do amigo Sebastião Torquato, mecânico especializado em motocicletas XL-250 Honda, que fez a revisão das máquinas antes da grande jogada. Depois destes dois mergulhos no Brasil, Jorge e Pienta já estão pensando num terceiro roteiro: cruzar a América do Sul e Central, rumo ao México. Mas isto vai demorar, pois em apenas 30 dias tal roteiro é impossível e, rapazes responsáveis, antes de tudo, eles têm o compromisso profissional em Paranaguá.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
17
18/06/1987

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