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Aramis

O cardápio clássico da Sony com o melhor som

Música lírica, grandes orquestras e regentes, solistas marcantes eis o cardápio de um novo pacote de CDs/fitas cromo que a Sony Classical colocou há algumas semanas nas lojas, prosseguindo uma programação classe "a" que o expert Maurício Quadros, com toda sua competência, continua a orientar. Embora sem qualquer ordem classificatória - já que todos os produtos editados são de primeira linha - pode-se destacar de início a "Italian Opera Composer's Songs" com o tenor espanhol José Carreras. Num total de 65 minutos - um tempo superior aos normalmente ocupados em edições CDs convencionais - temos aqui exemplos do legado dos chamados "quatro evangelistas" de ópera italiana do século dezenove: Giocchine Rossini, Gaetano Donizetti, Vicenzo Billini e Giuseppe Verdi. No total são 18 canções, de diferentes períodos e gêneros que são apresentadas com toda sensibilidade por Carreras, acompanhado exclusivamente por um pianistas - Martin Katz. Outro recital variado, de vários autores, é o que o original grupo Ensemble Wien-Berlin traz em "Concert à la Carte" com peças de Mendellsohn, Schubert, Dvorak, Chopin, Rimsky, Korsakov, Weber, Debussy, Johnns Strauss Jr., com arranjos de Friedrich Gabler e Hidetake Konoc. O Ensemble Wien-Belim é formado por Wolfgang Schultz, austríaco, 51 anos, flautista; Hansjorg Schellenberger, alemão de Munique, 43 anos, oboé; Karl Leister, alemão de Wilhelmshaven, 54 anos, clarineta; Mlan Turkovic, iugoslavo, 52 anos, fagote e Gunter Hogner, austríaco, 48 anos, na trompa. The Uiliard String Quartet, ao contrario do Ensemble Wiew-Berlin, é bastante conhecido no Brasil - onde já fez várias apresentações e tem muitos elepês editados. Uma obra importantíssima - e relativamente com poucas gravações editadas no Brasil - pode ser ouvida agora pela Julliard String Quartet: "As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz" de Franz Joseph Haydn (1732-1809), composta, como encomenda religiosa da cidade de Cadiz, na Espanha, em 1785. Na mesma época, Haydn trabalhava em outra obra, "Sinfonias de Paris", uma série de seis sinfonias assim chamadas por terem sido escritas para audição em Paris. O quarteto de cordas Julliard é formado por Robert Mann e Joel Smirnoff não violinos; Samuel Rhodes na vila e Joel Krosnick no violoncelo, mas para a gravação desta "Dia Siben Letzten worte unseres erlosers am Kreuze" num registro feito no Coolidge Auditorium, no Thomas Jefferson Building Library of Congress, em Washington, em 1987, participaram quatro solistas vocais: Benita Valente (soprano), Jan DeGaetani (mezzo-soprano),John Humphrey (tenor) e Thomas Paul (baixa). Jean-Philippe Rameau (1683-1764), aluno dos conservatórios de Marselha e Paris, só publicaria aos 58 anos as usa únicas obras de música de câmara intituladas "Piéces de clevecin en concert", datadas de 1741. Contemporâneo francês de Johann Sebastian Bach, George Friedrich Handel e Domenice Scarlatti, Rameau estava, na época, com sua reputação estabelecida. Era conhecido principalmente como organista, compositor de cantata, motetos e peças para solo de cravo. Agora, com um dos maiores flautistas do mundo, o francês Jean Pierre Rampal, 59 anos, amigo pessoal do curitibano Norton Morozowicz, temos uma gravação dos cinco concertos desta chamada "Peças de cravo em concerto"- cada uma contendo de três a cinco movimentos restritos aos modos maior e menor numa só tonalidade (as tonalidades dos cinco concertos são respectivamente em dó, sol, lá, si bemol e ré). Para a execução destas peças, em produção recentíssima (1990), David Mottley reuniu a Rampal, dois outros notáveis virtuoses: o violinista Isaac Stern, 71 anos, russo de nascimento mas americano por adoção e o cravista John Stelle Ritter. Grandes orquestras - Carlo Maria Giulini, 77 anos, um dos últimos remanescentes da escola de grandes regentes europeus - já tendo passado pelo La Scala (1951/56), orquestras de Chicago, Viena e Los Angeles, especialista em interpretações de Verdi, pode ser apreciada em duas magníficas atuações. Regendo a Philarmonia Chorus and Orchestra, em registro feito em Londres, na Walthmstown Assembley Hall, entre os dias 19 a 21 da abril de 1989, traz uma das obras mais belas de Wolfgang Amadeus Mozart (1755-1791): o "Requiem", KV 626, que tem a sua história de como foi criada relatada no didático texto que o musicólogo Norbert Bolin preparou especialmente para esta edição. A lenda criada em torno da obra dizia que Mozart ao compor a peça o fez para o seu próprio requiem, tendo conhecimento de sua morte próxima. Na verdade, foi o conde Walsegg-Stuppach quem encomendou a missa fúnebre para sua mulher falecida. Assim, diz Bolin, "não é Mozart quem figura em um primeiro tempo como o compositor, e sim quem encomendou a obra. Efetivamente, ela é também copiada em um primeiro tempo sob seu nome". Com uma duração de 59,69', o "Requiem" tem como solistas a soprano Lynne Dawson, o contralto Jard Van Nes, o tenor Keith Lewis e o baixo Simon Estes. Horst Neumann foi o chorus master na gravação. Obra das mais conhecidas e popularizadas - nos anos 60, chegou até a ser gravada pelo grupo Emerson Lake & Palmer - "Picturas At Na Exhbition" de Modest Mussorgsky (1839-1881) ganha uma gravação da Filarmônica de Berlim, regida por Carlo Maria Giulini. Deve-se ao Maurice Ravel (1875-1937) a transcrição para orquestra do ciclo pianístico "Quadros de uma Exposição" que Mussorgsky havia composto em 1874 como recordação do pintor Nikolai Hartamnn, prematuramente Serge Koussevitzky, que regeu também a estréia mundial desta adaptação genial desta obra, ocorrida no Ópera de Paris em 19/10/1922. Na mesma gravação em que Giulini rege a Orquestra Filarmônica de Berlim com "Quadros de uma Exposição", temos outra obra definitiva: "O Pássaro de fogo", suite de Igor Stravinsky (1882-1971), mas com a Royal Concertbow Orchestra. A estréia mundial de "O Pássaro de Fogo" aconteceu também na Ópera de Paris, mas 12 anos antes da peça de Mussorgsky: foi em 25 de junho de 1910, durante a V "saison russe", num espetáculo de ballet - para o qual foi concebido - com cenograifa de Alexandre Colovin e guarda-roupa de Leon Bakst. Esa-Pekka Salonem, um jovem maestro que começa a ter seus trabalhos como regente editados no Brasil pela Sony Classical, nos apresenta uma nova versão de outra obra-prima de Stravisnky: "a Sagração da Primavera" com a Philarmonica Orchestra, em registro feito no Town Hall, Watford, Inglaterra, há dois anos, também produção de David Mottley. A musicóloga Cecilia H. Porter, lembra que ao estrear em 1913 - completando a chamada trilogia russa (iniciada com "O Pássaro de Fogo" e que prosseguiu com "Petruchka", de 1912. "La sacre du printemps" teve um "impacto de desconcertante violência no curso da história da música". A partitura - "bárbara pela dissonância e pelos originais efeitos métricos" - oferecia uma "ampla paisagem neolítica, palpitante no recurso intencional ao código expressivo de um primitivismo musical ligado ao culto". Passados quase 70 anos de sua estréia, a emoção de se ouvir esta obra-prima continua idêntica especialmente numa gravação com a perfeição desta orquestra regida por Esa-Pekka Salonem, um novo talento dos palcos mundiais.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
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23/06/1991
1) Gostaria de sua ajuda, estoun programando uma festa tematica dos anos 60 a 80 eu precisava saber quais eram as bebidas servidas nesta epoca alem do ponche e daiquiri e os referigerantes alem do crush e grapete ? 2) Baixei uma seleção de musicas e clipes nacionais e internacionais divididos assim: 25 musicas nacionais contendo jovem guarda e empb e bossa nova 25 clipes romanticos internacionais 25 clips discoteca internacionais Gostaria de saber a ordem em que devo toca-las ? 3) Gostaria de saber quais eram os salgados usados nestas festas ? Desdfe já agradeço antecipadamente sua ajuda. p_sombra@hotmail.com Abs PAULO

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