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Aramis

O MPB nos anos 60 (III) - boa audição panorâmica:

Ao lado da bem ordenada série "Edições Históricas", cuja análise prosseguiremos amanhã, a Phonogram edita também um agradável e oportuno pot-pourri de algumas das melhores músicas surgidas nos anos 60, neste momento em que talvez por falta de valores mais autênticos de uma nova geração, volta-se - em tão boa hora - para as coisas boas que ocorreram com nossa música popular na última década. Assim "Sucessos Inesquecíveis dos anos 60" (Phonogram/Fontana, 6470520, maio/74), reúne músicas conhecidas, mas que sempre são agradáveis de se ouvir novamente de adquirir os diversos lps ou compactos em que apareceram, entre 1965/69. Pela ordem, desfilam no lp: "Minha História" (gesubambino), que Chico Buarque traduziu do original de Dalla/Pallotino, dando uma saborosa interpretação; Nara Leão interpreta em seguida o primeiro grande sucesso de Chico - "A Banda", que dividiu com "Disparada" (Vandré/Théo) o primeiro lugar no II Festival de MPB da TV-Record, há oito anos; Gilberto Gil vem em seguida com "Aquele Abraço"; "Prá Dizer Adeus" (Edu/Torquato Netto) com Maria Bethania e Edu; "País Tropical" de e com Jorge Ben: "Teletema" (Tema de Amor) (Antônio Adolfo/Tiberio Gaspar) com Regininha e, encerrando a primeira face do lp, a música que em 1970 lançou Tim Maia no Brasil: "Primavera" (Vai Chuva) de Cassiano/Sílvio Rochael. Gal Costa abre a face 2 do lp com "Meu Nome é Gal", que Roberto/Erasmo Carlos lhe ofereceram há 5 anos - no melhor estilo "My Name Is Barbra", composto para Barbra Streisand; De Sílvio Silva Jr. e Aldir Blanc, uma das melhores músicas já gravadas pelos rapazes do MPB-4: "Amigo é Prá Essas Coisas". A terceira faixa é "Disparada" na vigorosa interpretação de Jair Rodrigues; "Alegria, alegria" de e com Caetano Veloso; "De Conversa em Conversa" a belíssima música de Lúcio Alves/Haroldo Barbosa, com João Gilberto é a presença da Bossa Nova neste lp. "Ela é Carioca" (Tom/Vinícius), outro momento do melhor período de nossa música popular, nas vozes dos inesquecíveis "Os Cariocas". Finalmente, com Márcia, uma das obras-primas de Johnny Alf - "Eu e a Brisa", tão injustiçada no festival da Record em 1967, hoje justamente valorizada. Um disco indispensável para quem não curtia a (melhor) MPB na segunda metade dos anos 60. LEGENDA FOTO 1 - Gil LEGENDA FOTO 2 - Caetano LEGENDA FOTO 3 - Gal
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Jornal do Espetáculo
15
04/06/1974

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