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Aramis

O Paraná e os Ingleses

Dentro de 60 dias a Livraria José Olympio Editora lança em sua coleção Documentos Brasileiros a tradução que o professor Temistocles Linhares fez de uma das mais raras obras escritas por um europeu sobre o Paraná no século XIX: Pioneeres of South Brazil" do engenheiro Thomas Bigg-Wither (1845-1889), que aqui sairá com o título de "Novos Caminhos no Brasil Meridional". Vindo ao Brasil entre 1872/73, a convite do industrial Irineu Evangelista Sousa (1813-1889), o Barão de Mauá, integrando uma delegação de técnicos ingleses Bigg-Wither passou algum tempo no Paraná, quando aqui se desenvolviam duas fracassadas tentativas de colonização britânica, em Assunguy, município de serró Azul e em Porto Amazonas. Praticamente existindo apenas na Biblioteca Nacional, o raro exemplar que despertou o entusiasmo do professor Linhares, chefe do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFP, caiu em suas mãos por acaso: mantendo uma polêmica como sociólogo pernambucano Gilberto Freyre, a propósito de uma citação do romancista ingles Thomas Hardy (1840-1928), com relação aos Paraná, para cuja colônia em região sub-tropical "veio" personagem título de seu romance "Tess Urbevilles" (1891) buscava documentação no Rio de Janeiro quando encontrou o precioso ensaio de Bigg-Wither, que traduziria há algum tempo, conseguindo interessar o editor José Olympio para lança-lo, finalmente, em nosso País. Gilberto Freyre provocou a polêmica com Linhares ao dizer que Hardy se enganava ao escrever Paraná em seu romance, quando pretendia dizer Pará. Mas o crítco curitibano, com sólidos argumentos, provou de que já se falava, na Inglaterra, no século passado, a respeito do nosso Estado. E uma das provas foi a publicação do ensaio "Pioneers of South Brazil", que agora finalmetne os leitores brasileiros irão conhecer.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
19/05/1974
Sempre tive relatos de meus avôs pioneiros, que aqui no Paraná, interior de Toledo, encontrarão vasto material belico, que pertenceu ao ingleses. Era montanhas de latas de querosene queimadas, pedaçõs de armas, fios enterados e munições abandonadas, no meio da floresta que por eles foi explorada.

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