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Observatório

Desde que iniciou suas pesquisas sobre o chamado << parto de cócoras >> , que as Índias usam há séculos com bons resultados, o médico Moisés Parcionik mereceu inúmeras reportagens em veículos nacionais. Mas foi a notícia publicada na revista << Visão >>. Há algumas semanas, a propósito do lançamento de seu livro a respeito (Editora Brasiliense). Que fez com que a Associated Press o procurasse para conseguir informações mais detalhadas para matéria distribuída a revistas e jornais de todo o mundo. Na << Tribune de Genéve >> , de 15 de maio, toda uma página foi dedicada ao trabalho que Moisés (e seu filho Cláudio, atualmente na Ásia) desenvolve. A reportagem saiu com o título << Un spécialiste brésilien préconise: por mieux accouncher accoroupissez - vous comme les Indiennes >>. A excelente repercussão que a peça << Bastam Dois Para Dançar Um Bom Bolero >> (Miniauditória Glauco Flores de Sá Brito, 21 horas) obteve, fez com que o ator-produtor Ailton Silva prolongasse até o próximo dia 8 a temporada. O texto, do paulista Roberto Bordin, é praticamente inédito, pois nunca teve uma montagem profissional. E os elogios que o espetáculo tem merecido são uma comprovação de que a dobradinha Eddy Antônio Franciosi (diretor / Ailton Silva, o << Caru >> - como ator-produtor, funciona: no ano passado apresentaram uma das melhores peças de 1979, << O Carteiro da Noite >>, texto do próprio Eddy, inspirado num violento assalto que sofreu poucos meses antes. Em << Bastam Dois Para Dançar Um Bom Bolero >> (ingressos de Cr$ 100.00 a Cr$ 40,00) está também um novo ator, Renato Ferreira. Embora com a renúncia de Guilherme de Figueiredo da presidência na Funterj, no Rio de Janeiro, o panorama nacional na área da educação e cultura possa sofrer modificações - afinal o ministro Eduardo Portela foi uma indicação do autor de << A Raposa e as Uvas >>, a Secretaria de assuntos Culturais do MEC, funcionando no Rio, está testando uma publicação intitulada << Engenho & Arte >>, da qual já saíram 3 números zero. Em formato de bolso, baixo custo, pretende ser << um jornal de arte e cultura >> com distribuição nacional - e maior agilidade do que a << Cultura >>, do Departamento de Documentação e Divulgação do MEC, atualmente dirigida por Mozar Baptista Bemquerer. Aliás, o número 33 desta revista - relativo ao período outubro/dezembro do ano passado, mas só agora chegando às bancas, em distribuição de Fernando Chinaglia, dedica uma interessante reportagem de Álvaro Cotrim (Alvarus, desenhista, pesquisador, ex-diretor do Museu da Imagem e do Som-RJ) à primeira repórter brasileira. Foi Eugênia Brandão, depois sra. Álvaro Moreyra, que em 1914, em << A Rua >>, era a primeira mulher a publicar uma reportagem, << com o fato inédito de a reportagem aparecer com o nome da autora, em clichê, reproduzindo-lhe a assinatura >>, como acentua Alvarus. Quando a imprensa acolhe, cada vez mais, as mulheres em seus quadros, o estudo de Alvarus sobre o pioneirismo de Eugênia Brandão, mineira de Juiz de Fora, não deixa de ser interessante. No Paraná, ao menos em termos contemporâneos, a primeira mulher a desenvolver uma atividade regular foi Rosy de Sá Cardoso, até hoje em atividades, como editora de turismo na << Gazeta do Povo >>. Mas antes de Rosy, será que não houve nenhuma repórter? Eis um tema para as jovens estudantes de jornalismo pesquisarem criteriosamente... Um filme publicitário de um novo modelo de automóvel, exibido na televisão há algumas semanas, mostrava um patrulheiro surpreso com as linhas << estrangeiras >> do veículo. Para muitos parecia ser um patrulheiro rodoviário federal, o que inclusive suscitou consultas aos órgãos rodoviários. Na verdade a produção do filme publicitário utilizou um agente da patrulha rodoviária do Estado de São Paulo, que tem uniforme diferente daqueles que os da Patrulha Rodoviária Federal usam. Os integrantes da PRF, ocorre da fiscalização ligado diretamente ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, só aparecem nos filmes educativos de trânsito, nas campanhas promovidas pelo próprio órgão. Aliás, desde que o DNER passou a desenvolver a Campanha Permanente de Educação de Trânsito, com filmes na TV e cinemas, out-doors, anúncios em jornais, revistas etc., os acidentes começam a diminuir. A galeria do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos continua a preencher um importante papel na área das artes plásticas: dar oportunidade aos novos artistas. Dia 10 é Roberto Portugal Alves, autodidata, sem qualquer formação acadêmica, que ali inicia uma mostra de desenhos e pinturas. O arquiteto e professor Fernando Carneiro é quem o apresenta no catálogo, classificando seus trabalhos de << uma forte tendência surrealista >>. Ela se impõe mesmo em seus desenhos, fortes e vigorosos. Ficam as tendências mais nítidas nos óleos, com os recursos da cor, de uma técnica livre de uma expressão um tanto caricatural, bem afastada do preciosismo acadêmico. Aos 36 anos, paulista da capital, formado em Arquitetura, Roberto Portugal Alves é professor assistente de desenho na Universidade Federal do Paraná. FOTO LEGENDA- Renato: um novo ator FOTO LEGENDA- Portugal expõe na galeria do Inter.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
01/06/1980

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