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Observatório

FILHA do pioneiro Ademar Gonzaga (1901-1978), produtor e diretor brasileiro, fundador da Cinédia, Alice Gonzaga Assaf mantém vivo o estúdio que comemora agora seu cinqüentenário. E não só como administradora do estúdio, com excelentes instalações em Jarapaguá, mas também como pesquisadora e mesmo realizadora, Alice tem feito muito e para que os ideais de Ademar não desaparecessem. Em setembro, em colaboração com o Cine sesc, em São Paulo, Alice realizou uma "mostra Cinédia-50 anos", com exibição de marcas do estúdio, como "Ganza Zumba", 1931, de Humberto Mauro; "Bonequinha de Seda", 1936, de Oduvaldo Vianna; "Alo, Alo Carnaval", 36, de Gonzaga e Wallace Downey; "O Ébrio", 1946, de Gilda de Abreu; "Pureza", 1940, de Chianca de Garcia; "Mulher", 1931, de Octavio Gabus Mendes e "Salário Mínimo", 1970, último filme dirigido por Adhemar Gonzaga. Uma mostra que, se houvesse alguma iniciativa da Fundação Cultural, poderia ser apresentada em Curitiba, de forma organizada e didática. Por outro lado, a Cinédia continua associando-se a produções: "O Grande Palhaço", de William Gobbett, já lançado no Rio, teve a participação da Cinédia, que produz atualmente "Consórcio de Intrigas", de Miguel Borges, com Aldine Muller, Ana Maria Kuesler e Anselmo Vasconcelos. E, em estudos para co-produções, três projetos: "Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados", de Paulo Thiago e "Anti Nelson Rodrigues", de Afrânio Vitak, com base em textos do polemico autor mais "3 Mulheres, 3 Aventuras", de Cassiano Gabus Mendes. Xxx COM a decisão do engenheiro Ivo Arzua Pereira em concorrer à reeleição ao Santa Mônica Clube de Campo, mais uma vez o pleito moniquense terá conotações políticas maiores. Há 2 anos, quando decidiu aceitar o convite formulado por um grupo de associados, descontente com as pretensões continuistas de Ary de Paiva, o ex-ministro da Agricultura surgia como uma bandeira de interrupção em continuismos. Afinal, o mesmo Ary de Paiva, em 1976, foi quem conseguiu derrotar o campeão-de-tiro Leonel Amaral, que desde a morte de Joffre Cabral e Silva (1914-1967) perpetuava-se em sucessivas reeleição e perdeu para Ivo Arzua. Agora, nova racha no clube: um grupo que não concorda com a continuaidade de Arzua lançou o advogado Athos abilhoa, dirigente de um grupo de empresas madeireiras. E o curioso é que Leonel do Amaral e seu grupo está apoiando agora a Arzua e sua chapa, enquanto Ary de Paiva ficou com Abilhoa. Há quem veja conotações políticas maiores no pleito e julgue, inclusive que isto venha a significar um retorno do grupo de Leonel Amaral ao comando do clube da qual foi um dos incorporadores, há 18 anos passados. De qualquer forma, voto a voto dos associados do "maior da América Latina"(sic) serão disputados pelas duas chapas concorrentes. Mas há até quem fale numa terceira chapa - capaz de ser um ponto eqüidistante dos dois grupos em disputa. LEGENDA FOTO 1 - Arzua: reeleição.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
9
01/11/1980

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