Login do usuário

Aramis

Os 80 anos de Lafayete, o herdeiro de Chic-Chic

Lafayete nasceu em Minas, justamente no município de Queluz, na cidade que lhe deu o primeiro nome. "Como sou de circo, poderia ter nascido em qualquer outra cidade, principalmente em 1931, quando os Irmãos Queirolo cruzavam o Brasil de Norte a Sul" - recordou o artista no início de um longo depoimento gravado na semana passada, para o projeto Memória Histórica do Paraná. A história de Lafayete é muito da história do circo de sua família - e este, por sua vez, da história circense brasileira. Organizado, mostra a árvore genealógica da família, cujo tronco é do velho José Queirolo (1849-1900), de raízes em Gênova, na Itália, e que conhecendo Petrona Sallas (1852-1939) se casaram na Igreja do Socorro, em Buenos Aires, em 10 de outubro de 1881. Vieram os filhos - Francisco, o Pancho (1883-1941), Alcides, o Gato Félix (1885-1943), Irma (1887-1979), José Carlos (Guego, Chimarrão, 1889-1983), Aida (1890), Maria Ester (1891-1892), Julian (1893-1967), Otello, o Chic-Chic (1896-1967) e Ricardo, Negrito (1897). Praticamente todos seguiram a carreira artística - alguns com maior, outros com menor descendência. Irma, por exemplo, teve três filhas, uma delas, Aida, casou com Procópio Ferreira e é a mãe de Bibi Ferreira. José Carlos, que foi o primeiro a usar o apelido de palhaço Chimarrão, teve descendentes: Torresmo (da dupla com Fuzarca) é seu neto. Maria Ester teve o filho Verdaguel, famoso cômico argentino. Julian, que como palhaço, usava os nomes de Harris ou Tano, casado com uma atriz circense, Lilly Anna, teve os filhos Lafayete, Sérgio (1933-1937) - que ao longo de sua vida ficou conhecido como "Remendão", "Harris Jr." e "Capitão Furacão" (já na televisão). Otello, que como Chic-Chic, seria o mais famoso - e curitibano - dos palhaços, casou com Ignês Gineza, hoje com 83 anos e teve apenas uma filha, Lídia, 67 anos, acrobata em sua juventude. Ricardo, o mais moço, teve também dois filhos que seguiram os caminhos do circo: Ricardo Jr., o "Chachão" ou "Picolino", e Julião Guião, o "Russo", malabarista e acrobata.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
27/01/1991

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br