Os quadrinhos & os seus críticos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de outubro de 1974
O professor Antonio Luiz Cagnin, da Universidade de São Paulo e Primeiro brasileiro (e talvez em todo o mundo) a defender uma tese de Mestrado sobre a importância das Histórias em Quadrinhos, foi eleito para a Associação Brasileiras dos Críticos e Pesquisadores das HQ, no recente congresso de nível universitário realizado em Avaré, SP. Para a vice-presidência foi o professor e jornalista Luciano Ramos, crítico do "Jornal da Tarde", cabendo a primeira [secretaria] para o professor Francisco Henrique Araujo, pioneiro da introdução das HQ na Universidade de Brasília e a 2ª [secretaria] está com a professora Nilza Calixto, organizadora do encontro de HQ em Avaré. Da diretoria faz parte ainda a professora Sonia Luyten, que igualmente defendeu tese sobre [a] importância dos comics na USP.
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De passagem por Curitiba, na semana passada, quando designou oficialmente o jornalista Célio Guimarães, editor de "Guiatur" e coordenador do livro "Gibi é Coisa Séria", para representar a ABCPHQ no Paraná e Santa Catarina, o professor Araujo explicou que entre as finalidades da nova - e original Associação - está a de "lutar pela valorização das HQ, seja pelo estímulo à organização de entidades de criadores, seja pelo apoio à criação e edição de novos heróis e aventuras". A Associação reconhece por crítico de HQ todo aquele que tenha publicado estudos sobre as HQ, quer sobre a forma de livros[,] capítulos de livros ou artigos em jornais e revistas. Já por professor de HQ é entendido todo aquele que no magistério universitário ou de qualquer outro nível, tenha ministrado um ou mais cursos sobre comics.
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Em Porto Alegre, onde está aparecendo um importante movimento de criação de HQs, inclusive com edição de várias publicações, acaba de sair uma revista realmente underground - tão audaciosa em suas histórias que, por cautela, seus editores preferiram um total anonimato, sem qualquer indicação que possa levar a sua identificação. Ao contrário de "Isso", lançado há mais de um ano em Curitiba, e que não passou do número um.
LEGENDA CHARGE: Maurício
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