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Aramis

Profecias de Nortradamus

não é sem razão que "O Homem Que Viu o Amanhã"(Cine Astor, 4 sessões) vem recebendo um público crescente e se a Fama Filmes souber aproveitar as potencialidades deste filme, o mesmo poderá permanecer ainda várias semanas em cartaz. Partindo de interpretações feita pelo médico e futurólogo Michel de Nostradamus (Saint-Remy-de-Prevence, 150 - Salon, 1566), o diretor Robert Guenetre construiu um filme atraente ao grande público que busca cada vez mais as palavras místicas, as interpretações dos mistérios do universo, e especialmente, o que nos reserva o futuro. Com a sóbria e atraente narração de Orson Welles - aos 67 anos, quando o filme foi produzido (1981), há um ritmo de documentário reconstituído com grandes cenas de produção (batalha de Napoleão, a revolução francesa, o assassinato de Lincoln, a França do século XVI), entremeadas de cenas de cicejornais em que aparecem, Adolf Hitler - o segundo dos articristos nas previções de Nostradamus - e os irmãos John e Robert Kennedy, cujos assassinatos (assim como do presidente Lincoln) Foram previstas 400 anos antes. As profecias de Nostradamus em suas "Centuries astrologiques"- publicadas pela primeira vez em 1555 - são célebres: foram até hoje, inúmeras vezes reeditadas, sempre se achando quem encontrasse nelas alusões a acontecimentos contemporâneos. A linguagem empregada pelo diretor Robert Guenette é convencional e mesmo a sobriedade de Orson Welles é comprometida na parte final, frente aos cataclismas apontados para os próximos anos - a destruição de Los Angeles e San Francisco em maio de 1986, a terceira guerra mundial entre1994/1998 - para depois, num fio de esperança, o ressurgimento do mundo com mil anos de paz e prosperidade, até o seu final - já no quarto milênio. Para quem se fascina com previsões, horóscopos e interpretações este filme é um prato cheio e delicioso. O público vem crescendo há 10 dias e, se mantido em cartaz, "O Homem Que Viu o Amanhã" tem condições de se tornar um dos campeões de bilheteria da temporada.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
25/07/1984

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