Roselys, garimpando a arte & a história
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de fevereiro de 1990
Professora, folclorista, pesquisadora, com vários trabalhos publicados e, especialmente, uma válida contribuição nas artes no Paraná, Roselys Velloso Roderjan, após aposentar-se da Escola de Música e Belas Artes do Paraná - na qual lecionou "História da Música" por 32 anos (paralelamente as suas atividades no ensino primário, na qual ingressou em 1946), não parou de trabalhar. Interessada pelo ciclo do tropeirismo e decidida a comprovar algumas hipóteses de colonização do Brasil meridional fez o mestrado em História na Universidade de Santa Catarina e como resultado acrescenta agora mais um belo trabalho ao seu gordo curriculum.
Filha de uma família tradicional do Paraná, neta do poeta e professor Dario Velloso (1869-1937), Roselys ao lado de uma intensa atividade no magistério de ensino médio e superior, e trabalhos de pesquisa e assessoria em organismos culturais (Projeto Atlas Folclórico do Brasil, projeto Paraná Canta), Roselys tem mais de 30 trabalhos publicados, em obras isoladas ou em colaboração. Entre elas, "Meio Século de Música de Curitiba" (1967), pioneiro estudo sobre a música em nossa Capital, "Bento Mossurunga, um músico do Paraná" e "Cem Anos de Mossurunga" (de quem é, sem dúvida, a grande biógrafa), além de vários anos - e que desde o seu afastamento foi desativado. Seu trabalho na área do folclore teve o reconhecimento da Funarte, que a convocou para coordenar vários projetos e foi também Roselys quem assessorou a Inami Custódio Pinto na realização do álbum "Gralha Azul", lançado em 1965 e reeditado em 1988 pela Secretaria da Cultura.
Incansável, Roselys não pára: enquanto revisa sua dissertação de mestrado, pensa em retomar um histórico do Instituto de Educação do Paraná - na qual lecionou por mais de 25 anos - e tem outros projetos a serem deslanchados ainda em 1990.
Enviar novo comentário