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Aramis

As Sinfonias Doméstica e Alpina e Richard Strauss

Um dos compositores clássicos mais populares, Richard Strauss, tem duas sinfonias em novas gravações na praça. "Eine Alpensinfonie" (Uma Sinfonia Alpina), com a Concertgebow Orchestra, de Amsterdam ,sob a regência de Bernard Haitink e a "Sinfonia Doméstica", com a Filarmônica de Viena, sob a regência de Lorin Maazel. Ambas, edições da Polygram. A "Sinfonia Alpina" foi escrita nas montanhas da Bavária. De sua casa de campo em Garmish, Strauss podia ver Zugspitze e o maciço de Wetterstein. Como apenas Mahler antes dele, Strauss sentia a natureza muito próxima. Depois de um "estágio de planejamento" relativamente longo, ele completou a orquestração em apenas 100 dias, durante o primeiro inverno da guerra, em 1914/15. Neste último e tardio poema sinfônico de um autor que sempre produziu muito ( e que só se dedicou definitivamente à ópera depois de sua "Sinfonia Doméstica", de 1903) vê-se um testemunho todo pessoal de seu amor pela natureza e de sua atração pelas montanhas. Isto explica uma certa atitude despreocupada na invenção dos temas e na concepção geral da obra, não encontrada em seus poemas sinfônicos anteriores. A partitura parece ser uma peça ingênua e descritiva e apesar de ter, aparentemente, um único movimento, respeita escrupulosamente o esquema clássico da sinfonia em quatro movimentos - como ensina o musicólogo Ernst Krause. Já "Sinfonia Doméstica" foi iniciada por Strauss em 1902, como um poema sinfônico que seria especialmente sobre sua vida de família (em 1894, casou-se com Pauline de Ahna, soprano de temperamento ardente, com quem teve um único filho, Franz, nascido em 1897). Ele terminou este poema sinfônico em fá maior em 1903, chamando-o de "Sinfonia Doméstica", quando passava as férias com a mulher e o filho na ilha de Wight. Quando voltou a Berlim, começou a orquestração da obra que foi terminada na véspera do Ano Novo, em 1903. Durante uma turnê pela América, regeu-a pela primeira vez em março de 1904, no Carnegie Hall de Nova Iorque.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
7
17/05/1987

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