Um dia a casa cai... (na cabeça do freguês)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de outubro de 1986
Quinta-feira, 23 de outubro, 16h15min. Um jovem casal - José Osni de Paula, 22 anos e Adriane Mello de Paula, 20, com a filha, Kamila, de um ano, entram nas lojas Muricy. Pretendem fazer uma rápida refeição na lanchonete da loja de departamentos. Escolhem uma mesa vazia e fazem o pedido à garçonete. Conversam tranqüilamente quando, de repente, o terror: o teto desaba e um pintor, com latas de tinta, pincéis e tudo o mais, caiu sobre a mesa.
Só por uma milagre, nem Osni, nem sua filha, que estava em seus braços ficam feridos.
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A cena parecia um misto de comédia da Keystone com um disaster-movie. O clima de pastelão da queda do pintor que, sabe-se lá por que razões, estava fazendo um trabalho no teto falso da lanchonete (que não resistindo ao peso, desabou) - somou-se a um natural pânico das dezenas de pessoas que se encontravam no local.
- O prédio está caindo - gritou alguém - suficiente alarme para que todos procurassem sair da área.
Felizmente, ninguém ficou ferido e foi apenas o susto. Osni e Adriane, nervosos, nem quiseram aceitar a oferta do atrapalhado gerente da loja, que pretendia levá-los para o serviço médico que mantém convênio com a empresa. Preferiram procurar diretamente o pediatra que atende a pequena Kamila, que, felizmente nada sofreu.
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Se o fato acontecesse nos Estados Unidos, nestas alturas, José Osni de Paula, funcionário da RVPSC, dentro de seus direitos, já estaria movendo uma ação contra a organização e pleiteando uma indenização de muitos milhões. Como estamos no Brasil, ficou tudo por um grande susto e uma estória divertida que eles contam agora aos amigos.
Já a Loja Muricy deve tomar mais cuidado quando contratar reparos internos para evitar que cenas de pastelão - que podem se transformar em disaster movies - aconteçam em seu interior.
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