Uma viagem complicada do secretário Pereira
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de outubro de 1989
Aconteceu há algumas semanas, mas merece ser contado: o deputado Mário Pereira, secretário da Administração, tinha programado uma viagem aos municípios de Chopinzinho, Piquiri e Medianeira, dentro das comemorações do Dia do Colono. Acordou de madrugada e às 7h da manhã, do aeroporto do Bacacheri (que, surpreendentemente, estava aberto) partiu para aquela região.
Só que as condições atmosféricas mudaram e no aeroporto de Salto Santiago não havia céu de brigadeiro. Ao contrário, neblinas impediam que o pequeno Sêneca, do governo do Estado, pudesse aterrissar.
A solução foi procurar outro aeroporto. O que deu condições de pouso foi o de Laranjeiras do Sul. Só que como não havia condições de avisar a mudança de rota, quando pousou naquela pista não havia ninguém para aguardá-lo.
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De Laranjeiras do Sul, encontrando alguma condução, o secretário Pereira pretendia seguir para Chopinzinho - mesmo chegando com atraso nas solenidades programadas. O problema foi que não havia viva alma no aeroporto. Veículo, nem pensar!
Homem prático, ao desembarcar do avião e vendo a situação, não teve dúvidas: encarregou um assessor a procurar alguma forma de transporte até o local em que tivessem condições de encontrar um veículo. A opção foi "emprestar" um cavalo encilhado, cedido com boa vontade pelo proprietário, ao lombo do qual o deputado pode cavalgar - afinal ele sempre foi um bom cavaleiro - até encontrar uma localidade com telefone. Algumas chamadas e logo o nosso simpático secretário da Administração estava a caminho de Chopinzinho.
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No retorno, novo problema! Desta vez o campo estava fechado em Curitiba. E o pouso, já às 22h30min, teve que ser mesmo em Ponta Grossa. Na manhã seguinte, em seu gabinete, Pereira comentava com os assessores:
- Ontem, eu consegui bater o recorde: por ar, em cavalo e até num jeep fiz um roteiro para não falhar num compromisso oficial...
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