Yul Brunner, cantor
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de janeiro de 1970
CARLOS JUNG, recém-chegado de viagem de lua-de-mel pela Europa, contou dias atrás que assistiu há poucas semanas em Paris o lançamento de um disco de Yul Brynner. E enquanto o terceiro disco do conhecido ator começa a aparecer nas paradas de sucesso do Velho Mundo, só agora surge no Brasil o primeiro disco gravado pelo astro de "O Rei e Eu" - "Yol Brynner sings the Gypsy and I", em que êle é acompanhado por dois excelentes guitarristas, Aliocha Dimietrievitch e Serge Camps. Edição original da Vanguard-Recording for Connoisseurs, The Gypsy and I" aparece no Brasil com o selo da Copacabana, em sua série internacional independente de ser um disco interessante por apresentar uma nova faceta do talento do conhecido ator do cinema americano, êste álbum reúne também doze interessantes músicas ciganas, românticas, coloridas, vibrantes. No esclarecedor texto de contracapa, Roc Brunner conta que Aliocha, o guitarrista tinha dezenove anos e Yul doze quando êles se encontraram pela primeira vez em Paris. Tornaram-se amigos. Yul, seguiu com a Companhia de Teatro Obekov para a América enquanto Aliosha e sua irmã Valia, seguiram para a América do Sul. Vinte anos depois, êles se reencontram "sòmente para descobrir quão pouco haviam mudado". E o resultado está num disco interessante e original, que está sintetizado na discrição feita por Brynner: "Aliocha é o impetuoso e rebelde pequeno chefe; é pois também o bufão. Suas cordas e amarras são de aço, mas sua energia cresce a cada corda que êle quebra. Como pode êle quebrar duas cordas a cada canção? Veja o sangue que parece fluir de suas mãos. É a sua guitarr que pulsa, que vibra como se fosse um inseto. Yul é a energia e a inspiração, a voz que precisa de um eco; mas Aliosha treinou a energia. As palavras de Yul parecem estrangeiras para nós, mas a dor e a vibrante alegria que transparecem são universais. Acreditem, as explosões emocionias que êle canta são bem dêle: êle as conta da forma que as viveu".
Faixas: The Line of Fate, The Eno Of The Road (Ivan Dmitrievitch), Don't Be Angry, Sokolov's Guitar, A Hundred Miles, Two Guitars, The Pacer, For The Last Time, Why Get Married, The Shawl, ravelling Gypsies e I Am Lost.
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