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Aramis

Artigos por data (1988 - Abril)

Agora o ódio atinge as bancas na Rua das Flores

Mais um capítulo da novela "1984" ou de como a política faz com que se (tente) apagar o que uma boa administração fez por uma cidade: a prefeitura quer agora modificar o designer das bancas de jornais e revistas do centro da cidade. Tudo bem! O burgomestre pode até ter este direito executivo, embora não deixe de ser autoritário e representar um custo de milhões de cruzados para os cada vez mais empobrecidos microcomerciantes desta área. O absurdo é que se tente fazer isto com um concurso para escolha de um novo projeto e avalizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil - Secção do Paraná.

No campo de batalha

Dupla premiação para Denise Stocklos, que na semana passada esteve na cidade, apresentando "Mary Stuart" no Guaíra. Foi escolhida melhor atriz de 1987 em São Paulo e o tape institucional de fim-de-ano que fez para o governo do Paraná ganhou, em Porto Alegre, o prêmio Profissional do Ano em nível nacional. xxx A poética mensagem que Jamil Snege (Beta) criou para o governo Álvaro Dias, com interpretação (mímica) de Denise teve seus méritos reconhecidos nacionalmente. Foi a única grande premiação que o Paraná obteve no concurso mais disputado pelos profissionais da propaganda.

Bernstein regendo as sinfonias de Mahler

Os 70 anos de Leonard Bernstein um dos cinco regentes mais admirados (e conhecidos), do mundo será marcado neste ano por vários eventos, inclusive uma temporada especial da Filarmônica de Nova Iorque, orquestra da qual foi regente-titular por 11 anos (1958-1969).

Baianos caribenhos

Dois eixos fora do Rio-São Paulo fazem com que a Continental (e, aos poucos, outras gravadoras), busquem públicos regionais: o Rio Grande do Sul com seu nativismo e a Bahia com o boom do afro-reggae-samba, que, especialmente neste Carnaval-88 foi explorado ad nausea.

Geléia Geral

Até hoje há quem pense que ele imite a Jorge Ben. Em onze elepês, o paulista Bebeto fez sempre uma música muito próxima a do autor de "País Tropical" e com isto, bem ou mal, conseguiu obter seu espaço. Mas agora, em seu novo lp ("No Balanço dos Tempos", Polygram), procura mostrar um estilo mais pessoal.

Mais uma vez é a carnavalesca Rosa que veste os bailarinos

Se os artistas plásticos do Paraná fossem como os paulistas, também em Curitiba poderia aparecer uma polêmica como a que está fazendo o Memorial da América Latina (que o governador Quércia quer inaugurar em outubro, com a presença de Fidel Castro) transformado-se num memorial da discórdia. É que mais uma vez, uma carioca, a carnavalesca Rosa Magalhães, foi contratada para executar os figurinos de uma produção da Fundação Teatro Guaíra.

Oscar, titio sexagenário (I)

Até o final dos anos 60 só mesmo as pessoas muito, muito, ligadas ao cinema é que acompanhavam as premiações do Oscar. Folheando-se coleções de jornais, mesmo as publicações da chamada grande imprensa, nota-se que a cobertura da festa de entrega dos dourados troféus era mínima. Os filmes chegavam meses depois, sem maior aproveitamento - em termos de público - dos troféus conquistados. É bem verdade que, então, o cinema tinha um público tão forte que independia de atrações extras para conseguir boas bilheterias.

Gente como a gente nesta Lua toda Azul

São muitos os aspectos que fazem de "Feitiço da Lua" (cine Condor, 5 sessões) não só um dos favoritos do Oscar-88, mas, principalmente, um dos mais agradáveis filmes do ano. Embora com requintes de produção luxuosa "Moonstruck" tem a sinceridade, espontaneidade e comunicação que lembra um de um curto, mas pródigo, período em que o cinema americano voltou-se para temas urbanos, focando suas lentes sobre pessoas simples - especialmente a partir dos Oscars que o surpreendente "Marty" levou na noite de 27 de março de 1955 (ver box a respeito nesta página).

Marty abriu as portas de um cinema realista

A festa de entrega dos Oscars em 1955 foi extremamente romântica. Afinal, quatro dos cinco indicados traziam histórias de amor. O favorito era a superprodução de Buddy Adler, na Fox, "Suplício de Uma Saudade" (Love Is A Many Splendored Thing), direção de Leo McCarey, sobre a trágica paixão entre um jornalista americano, Mark Elliot (Willian Holden) e a médica eurasiana Han Suyn (Jennifer Jones) vivendo numa Hong Kong que ganhou o seu maior comercial turístico, ao som da enternecedora música de Sammy Cahn e Francis Paul Webster, até hoje embalando romances.

Generosidade de Poty faz que Portão ganhe o museu

Afinal, o tão propalado Centro Cultural do Portão acabou não sendo inaugurado no aniversário de Curitiba, como tinha anunciado a diretoria da Fucucu. As obras não ficaram prontas e só dentro de algumas semanas (quantas?) é que acontecerá a festa, por certo com muito foguetório político, como tão bem sabe fazer a administração peemedebista neste ano de possíveis eleições municipais.

A provinciana polêmica dos painéis paulistas

Atualmente Poty tem passado muito tempo em São Paulo, dividindo com um de seus maiores amigos, Carybé (Hector Barnabó), a execução de seis imensos painéis (três para cada um), no Memorial da América Latina, que o governador Orestes Quércia decidiu construir na Barra Funda.

Johnny e o mais belo hino antimilitarista

Há filmes que só crescem com o tempo. Estes são as verdadeiras obras-primas que, revistas anos depois de terem sido realizadas tornam-se ainda maiores e mais significativas. "Johnny Vai à Guerra" (Cine Groff, hoje último dia em exibição) é o exemplo clássico.

Vidas e verdades segundo as questões de Pirandello

Pertencente à primeira fase da produção cultural de Luigi Pirandello (Agrigento, 1867-Roma, 1936), "Il fu Mattia Pascal", publicada em 1904, já manifestava suas dúvidas quanto à identificabilidade da personalidade humana, tema que reapareceria em seus contos e se solidificaria em sua representativa obra teatral.

A história tamanho família de Cronin

Reeditando a obra do escritor inglês Archibald Joseph Cronin (1896-1981), a Record confirma, mais uma vez, a grande admiração que o público brasileiro tem por este autor de histórias humanas, personagens maniqueístas, sempre com um grande sentido moral e religioso. Cronin tem sido um dos autores mais adaptados ao cinema, com suas obras mais famosas ("A Cidadela", "As Chaves do Reino", "O Castelo do Norte" etc) merecendo filmagens bem sucedidas em termos de público - e quase sempre dignificando o médico do interior, abnegado e idealista, como grande herói.

Rede de inseguranças

Lonesone Rhodes foi o pioneiro. Há exatamente 31 anos, era o primeiro comunicador eletrônico que, como um deus das ondas hertzenianas, embriagava-se com o sucesso, primeiro no rádio, depois na televisão e revelava sua verdadeira face, ambiciosa, cruel, canalha: o personagem que Budd Schulberg criou em "Um Rosto na Multidão" pode ser considerado como o avô dos supercomunicadores (manipuladores?) de massa que tem, bissextamente, tido seu poderio contestado no cinema.

A sombra financeira condenou música de Hilton ao silêncio

Cada parte pode até ter a sua razão. Mas o prejuízo artístico é inevitável. Eis como pode se definir mais um lamentável episódio na crônica das frustrações musicais do Paraná.

Talento dos músicos de OSPA valorizou o belo lp de Marlene

Há 11 anos, logo depois que Antônio Adolfo produzia o seu pioneiro "Feito em Casa", inaugurando uma fase do chamado disco-independente no Brasil, o então atuante Museu da Imagem e do Som, dirigido por Marcelo Marchioro/Cesar Fonseca, organizava um evento que teve uma única mas decisiva edição: um encontro dos primeiros compositores-intérpretes que se lançavam na aventura de realizar seus discos.

Como se queima um cult-movie na semana do Oscar

Incrível!

Os nominados para o "Oscar" do vídeo

O vídeo no Brasil também terá sua noite de Oscar. Um júri formado por seis críticos de cinema e vídeo do eixo Rio-São Paulo já selecionou, entre mais de mil títulos, os melhores do vídeo selado lançados em 1987 no mercado brasileiro. São os finalistas do II Troféu Vídeo News, que Rubens Ewald Filho, editor-assistente da revista "Vídeo" está coordenando para a publicação da editora Sigla.

No campo de batalha

"O Poeta e a Rainha", curta-metragem (8 minutos), que Werner Schumann, 23 anos, realizou em 1983, com uma linguagem experimental, parece ter agradado aos alemães: selecionado inicialmente apenas para a "Filmoteca Jovem", mostra paralela do festival de cinema de curta-metragem do Oberchausen (uma importante mostra na Alemanha Ocidental), foi aprovado para a parte competitiva. Werner recebeu o telegrama com a boa notícia na manhã de quinta-feira e, com toda razão, está eufórico. xxx
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