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Aramis

Artigos por data (1992 - Março)

Roxo collorido motiva as duas marchas satíricas do Carnaval

Apenas duas músicas do Carnaval deste ano - uma delas, sem condições técnicas de obter divulgação já que o disco passou a ser distribuído apenas há uma semana - fazem uma abordagem satírica em torno do presidente Collor. E, afinal satirizar os donos do poder sempre foi a ferroada preferida dos grandes autores de nosso Carnaval desde os tempos de Chiquinha Gonzaga.

As solitárias 7 canções novas do Carnaval de 92

Com exceção dos sambas-de-enredo das escolas que no Rio de Janeiro conseguem, no grupo especial, gravações que atingem boa vendagem junto especialmente aos turistas - o Carnaval-92 apresenta apenas sete músicas feitas especialmente para [este] ano. Considerando-se uma média entre 200 a 300 marchinhas, sambas e marcha-ranchos que durante mais de 50 anos marcavam, a cada ano, a maior festa popular do Brasil, não deixa de ser uma prova definitiva de que em termos musicais o Carnaval está no último estágio da UTI sonora.

Sempre heróico John Wayne em "El Dorado" e "Chisum"

Nenhum ator personificou melhor a imagem do herói do oeste do que John Wayne (Marion Michael Morrison, 26/5/1907-16-6-1979). Ex-jogador de ruby em seus tempos universitários, chegou ao cinema com stunt-man privilegiado pelo seu físico. Foi Raoul Walsh que lhe deu sua primeira chance de aparecer como ator em "Salute" (1929), mas seria o seu maior amigo, John Ford (1895-1973) que lhe daria o primeiro papel principal - no clássico "No Tempo das Deligências" (Stagecoach, 1939).

Uma comédia familiar de Nimoy e saga americana

Leonard Nimoy ficou conhecido como o vensuaiano "Spock", personagem orelhudo da série "Jornada nas estrelas" desde os tempos da televisão. Só que Nimoy não se restringiu a interpretar aquele personagem que lhe deu fama e ajudou a fazer sua fortuna. Dirigiu dois filmes da série de longa-metragens - os capítulos três e quatro - e mostrou ser um excelente diretor de comédias ao fazer a versão americana de "Três Solteirões e um Bebê", inspirado no êxito cinematográfico de Corine Collet.

Berlim, Cleópatra e as outras novidades

Marketing em pedras: a Vídeo Arte do Brasil está distribuindo minúsculas partículas daquilo que diz ser "restos do muro de Berlim" para promover "Freedom Fighter", produção de 1988 que ganhou o título de "O Muro de Berlim" e que com a derrubada da muralha da que separava as duas Alemanhas ganhou atualidade. O diretor é competente - Desmond Davis - e baseou o roteiro no livro de Pierre Gallant. No elenco, nomes desconhecidos - Neil Dickson, Tony Danza, Geraldine James, Colette Steven e apenas dois coadjuvantes veteranos: David McCallum e Sid Caeser. xxx

Há 30 anos, 500 marchas e sambas faziam o Carnaval

Observando - se algumas músicas do Carnaval de 1962, nota-se que aquele ano refletia as grandes temáticas que sempre marcaram a criação popular. Assim havia marchinhas satirizando fatos políticos, filmes - "O Belo Antonio" (J. Mascarenhas/ Moacir Vieira e Luis Januzzi) - aproveitando o sucesso do filme de Mauro Bolognini, a moda ("Garota Saint-Tropez", João de Barro e Jota Júnior) ou a liberação feminina, mas vista ainda preconceituosamente: "Andorinha" (Haroldo Lobo/ Milton de Oliveira), até hoje cantada nos salões em seu refrão: Mulher casada/ que anda sozinha

Um revival para Raul Seixas

Transcorridos menos de três anos da morte de Raul Seixas (Salvador, 21-8-89/São Paulo, 28/6/45), a obra deste compositor-intérprete tem uma justa reavaliação. Além da edição de um show feito numa praia paulista e seu último parceiro, o baiano Marcelo, praticamente ter lhe dedicado o seu último álbum a Sony Music lançou agora "O início, o fim e o meio", carinhosa produção de Liber Gadelha, reunindo diferentes intérpretes da recriação de suas músicas mais marcantes.

Antonina faz Carnaval exemplar e Curitiba se esquece de Soledade

Antonina quer provar que faz o melhor carnaval do Paraná.

O eco-enredo da Unidos do Botão

A Ex-Cola de Samba Unidos do Botão, que pela segunda vez participa alternativamente do Carnaval curitibano, já desfilou no sábado na Avenida Luiz Xavier. Com sete minicarros alegóricos - um dos quais foi, até agora, a única mostra de que os escândalos do Ministério da Saúde refletiram no Carnaval ("Saúde Segundo Alceni") a original agremiação fundada e presidida por Hélio Leites tem um belo samba-de-enredo, de autoria de Carlos Careqa, Rodrigo Homem e do próprio Hélio Leites.

Um Wagner proibido de tocar no Steinway do Teatro Guaíra

Foi só graças ao bom senso da professora e pianista Cloris de Sousa Ferreira, coordenadora artística da Fundação Teatro Guaíra, que o Paraná deixou de ser uma notícia nacional que colocaria em ridículo todo o esforço que se faz para promoção cultural do estado. Na noite de 27 de fevereiro, um dos melhores pianistas brasileiros, Wagner Tiso, parceiro ("Coração de Estudante", o hino das diretas) e arranjador de Milton Nascimento desde os tempos de Três Pontas, MG, por pouco não desistiu de fazer sua apresentação no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto.

"Morrer de Novo" e "Príncipe das Marés", os melhores lançamentos

Seis estréias ajudam a curar a ressaca carnavalesca e estimulam a freqüência aos cinemas. Desde quarta-feira de Cinzas, está em exibição O PRÍNCIPE DAS MARÉS (Prince of the Tides), a nova tentativa de Barbra Streissand em provar que não é apenas (excelente) cantora e atriz. Fez um filme denso, profundo e envolvente sobre as relações de um psiquiatra (ela própria) e um interiorano (Nick Nolte, elogiadíssimo e um dos favoritos ao Oscar) que a procura em Nova York em busca de solução para os problemas de sua irmã que tentou suicídio.

Melhor música vai ancorar no Pier 35

Depois de um janeiro negro em termos de música na noite e passado e esvaziado mês de fevereiro, uma salutar reação, valorizando os bons instrumentistas começa a acontecer. Março inicia com a abertura de dois novos espaços musicais - Pier 35 e Sons- que se acrescentará ao já consolidado Café Aluanda (Rua Mateus Leme).

O "Vagão" que trouxe o rizotto para Curitiba

No rastreamento dos endereços gastronômicos e etílicos de Curitiba. Valério Hoerner, após ter escrito "O Folclórico Bar Palácio" (1984) - que há 62 anos se constitui num símbolo de resistência da noite curitibana - dedicou mais de 40% de seu livro "Ruas e Estórias de Curitiba" (1990) a um estabelecimento que, até prova em contrário, foi o introdutor de alguns pratos típicos da cozinha italiana em Curitiba para consumo do público: O Vagão do Armistício.

Os restaurantes de categoria que Curitiba teve no passado

Um livro patrocinado pela Brahma reunindo crônicas de vários autores sobre endereços gastronômicos-etílicos de Curitiba, que está sendo coordenado pelo casal Maí e Dante Mendonça - com lançamento previsto para o dia 29 de março, 299o. aniversário da fundação de Curitiba - embora reverenciando restaurantes e bares "históricos" desta cidade não esgota em absoluto um tema que está a merecer pesquisas mais amplas e profundas: a Curitiba gastronômica e boêmia, hoje presente apenas na memória de seus habitantes mais idosos.

IBAC acende luzes no escuro túnel cultural

Após quase dois anos de uma estagnação cultural, em termos de iniciativas do plano federal - desde que o presidente Fernando Collor extingüiu em seu primeiro dia de governo a Funarte, Embrafilme e outros organismos, o túnel volta a se iluminar. A Lei Rouanet está aprovada e regulamentada - enquanto em dezenas de municípios iniciativas semelhantes, para criar estímulos fiscais que resultem em recursos destinados a projetos culturais estão acontecendo.

Pio lembra Milton, aquele que criou o HC

Biógrafo e um dos maiores amigos do médico e professor Milton de Macedo Munhoz (Curitiba, 22/12/1901 - 9/7/1977), o também médico e professor Pio Taborda Veiga, 79 anos, irritou-se pela omissão do seu nome em recente solenidade alusiva aos 31 anos de inauguração do Hospital das Clínicas. Afinal, se houve um mestre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná e, especialmente, executivo que se empenhou para a construção daquele hospital-escola foi Milton de Macedo Munhoz.

No Mistério das Vozes Búlgaras a nova e emocionante sonoridade

Lançado no final de 1992 - e praticamente só divulgado em janeiro - um dos mais interessantes discos de música vocal está passando injustamente despercebido: "Le Mystére Des Voix Bulgares" (Polygram)/CD, preço médio de Cr$ 20.000,00). Nos últimos anos, a imprensa especializada européia começou a chamar atenção para este original grupo vocal, formado exclusivamente por mulheres, que apresentam "uma insólita ordem polifônica em timbres corrosivos" como escreveu o sempre atento Antonio Gonçalves Neto, da "Folha de São Paulo".

No planeta de Milton a música do grande cantor

Para as milhares de pessoas que se extasiaram com o show promovido pela Anistia Internacional na Pedreira Paulo Leminski, promovido no início de fevereiro, e que lamentam não terem podido gravar aqueles momentos de intensa beleza sonora, há uma compensação.

Simone e o alto preço do sucesso

Quando uma cantora atinge o status de superstar aumentam as cobranças. De um lado, o público sempre a exigir novidades e uma qualidade que supere (ou ao menos empate) com o trabalho anterior; de outra margem do rio, os implacáveis números comerciais: o resultado de vendas que não pode decepcionar.

Karajan e Filarmônica de Berlim no concerto de 88

A Sony Classical continua a editar a grande herança deixada pelo mais famoso maestro deste século - Herbert von Karajan. Entendendo a importância de registrar as grandes obras com os recursos da moderna tecnologia dos anos 80. Karajan dedicou seus últimos anos (faleceria aos 81 anos, em 16 de julho de 1989) para promover regravações para a tecnologia laser - e registradas com câmaras - da Berliner Philharmoniker, orquestra da qual foi titular desde 1954, quando sucedeu a outro nome lendário, William Furtwangler (1886-1954), que ali também havia permanecido até a sua morte.
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