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Ariano Suassuna

Artigo em 14.03.1992

Valencio Xavier será o próximo presidente da Associação Brasileira dos Pesquisadores de Cinema. A decisão é por unanimidade em reconhecimento ao muito que ele vem fazendo na pesquisa, preservação e divulgação do cinema brasileiro, em especial do paranaense, desde quando idealizou e fundou a Cinemateca do Museu Guido Viaro. A eleição oficial será durante o encontro informal de vários pesquisadores que virão a Curitiba para os exames dos candidatos a Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antônio de Los Baños, em Cuba, no próximo dia 24 de abril. xxx

Videonotas

Jack Palance, 70 anos completados no último dia 18 de fevereiro, 40 de cinema (estreou em 1950, em "Pânico nas Ruas", de Eliz Kazan), criou a imagem de vilão, embora nos últimos anos, tenha se tornado mais simpático: em "Café Badgá", interpretava afetivo pintor hippie. E na série "Acredite se Quiser" (que a Manchete está reprisando), Jack é o mestre de cerimônias. Entretanto, em "Retrato de um Assassino", lançado em vídeo pela VMW, 85 minutos, Palance volta a interpretar um assassino.

Lá, entre as estrelas, Zé Maria, um homem de teatro

São muitos os aspectos que fazem de José Maria Santos um trabalhador cultural da maior importância. De origens humildes, sem maiores pretensões intelectuais, encarnou o próprio aspecto de nossa arte subdesenvolvida e desprotegida. Pertencente a uma geração de Curitiba dos anos 50 que fazia teatro com idealismo e amor, sem qualquer possibilidade de sobreviver com as peças que eram encenadas na época, José Maria encontrou nas aulas do curso que Aristides Teixeira coordenava no Sesi um primeiro embasamento para a carreira que acabaria por abraçar integralmente.

Um filme australiano e o "Jogo Duro" de Giorgetti

Seis filmes inéditos, da mais recente safra do cinema brasileiro, exibidos simultaneamente ao XVII Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, registraram o ridículo bordeaux de 1.612 espectadores no Lido II. Lanterninha entre as nova capitais brasileiras escolhidas pela Embrafilme para a inédita experiência de mostrar nacionalmente os filmes em disputa ao Kikito no mais famoso festival do cinema brasileiro, Curitiba confirmou aquilo que há muito afirmamos: é tola a afirmação de que somos uma cidade de grande exigência cultural, cidade-teste para provar produtos culturais.

Nosso teatro em ritmo de musical

Produzido pela IBM, inicialmente para a apresentação na convenção da multinacional em Belo Horizonte, "Momentos do Teatro Brasileiro" resultou num espetáculo tão bonito que seria injusto limitar só aos executivos da empresa a sua visão. Assim teve apresentações especiais no dia 27 em São Paulo e na segunda e terça-feira, no Hotel Nacional - à tarde para funcionários da empresa e à noite para o público.

No campo de batalha

A professora Elisa Gonçalves Martins, carioca de larga quilometragem curitibana, que foi uma das vítimas da violência e do ódio do ex-secretário da Cultura (?) no infeliz governo José Richa, vem se revelando uma das mais eficientes executivas na equipe do governador José Aparecido de Oliveira em Brasília. Há dois anos na direção do Grupo Executivo de Defesa do Consumidor do Distrito Federal tem realizado excelente trabalho. Prova disto são os números contidos no relatório de quase 200 páginas que mostram o que foi feito em 1987. xxx

Os 25 anos de Pita no palco

Emílio Pita, paranaense de Londrina, 44 anos, desde agosto de 1967 em Curitiba, só no final do ano se lembrou de uma efeméride pessoal: seus 25 anos de teatro. Afinal, foi em 29 de dezembro de 1962, no pioneiro Teatro Municipal em Bela Vista, fazendo o personagem "Chicó", de "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, numa montagem de Geraldo Moreira (a cujo idealismo muito se deve no teatro amador do Norte do Paraná) que começou sua carreira.

Trapalhões derrotam as trapalhadas de Steven

João Aracheski, 50 anos, 35 de cinematografia - começou como "boy" e nunca trabalhou em outro setor - está exibindo um sorriso dentifrício: "Os Fantasmas Trapalhões", que a sua distribuidora Íris comercializa no Paraná, está conseguindo bater as estrepolias espaciais ("Viagem Insólita") e terrestres ("Um Hóspede do Barulho") produzidas por Steven Spielberg.

A Dança dos Bonecos e o excelente humor de Whoopi

Os filmes destinados às crianças continuam chegando. Nesta semana, o aguardado "A Dança dos Bonecos", de Helvécio Ratton, premiado em Giffoni (Itália), Brasília e Gramado - e que, em termos de cinema destinado à infância representa, sem dúvida, um passo à frente. Uma comédia agradável e que se incorpora ao chamado "cinema informático" - ou seja, aquele no qual o computador se insere na trama, estreou ontem no Plaza, substituindo a "De Volta Às Aulas": SALVE-ME QUEM PUDER, com uma atração especial - Whoopi Goldberg.
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