Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS A Cor Púrpura

A Cor Púrpura

Filmes comerciais ganham indicação para o Oscar

Não há dúvida de que o critério de marketing prevaleceu, mais uma vez, na indicação aos indicados ao Oscar - ao menos em suas categorias principais. Pois a inclusão de uma comédia apenas razoável como "Ghost, do Outro Lado da Vida" só pode justificar-se pelo fato deste filme dirigido por Jerry Zucker ter, surpreendentemente, se revelado como uma das maiores bilheterias do ano.

Um sucesso romântico com amor e fantasmas

O fato de ter superado nos Estados Unidos a bilheteria de "Uma Linda Mulher" (que continua em cartaz no Cinema I), fez com que a UPI depositasse muitas pretensões em "Ghost: do Outro Lado da Vida" (Cines Condor e Lido I), como o novo campeão de bilheteria.

"A cor púrpura" da emoção de Spielberg

Steven Spielberg decidiu levar à tela o romance "A Cor Púrpura", de Alice Walker - ganhadora do Prêmio Pulitzer - porque desejava provar que não sabia fazer apenas filmes "para crianças" - leves e digestivos. Assim, com toda a competência, fez um dos mais belos filmes desta década, que começa numa pequena cidade da Georgia, em 1906, quando a jovem Celie, ela mesmo pouco mais que uma criança, dá a luz a duas crianças, geradas pelo homem que ela chama de Pa - o qual afasta dela os recém-nascidos, e não lhe dirá mais nada sobre os seus destinos.

"A encruzilhada", um reencontro do blues

Numa das primeiras sequências de "A Encruzilhada" (Cine Ritz, desde ontem), quando o jovem Eugene Martone (Ralph Macchio) vai conseguir [?] o velho blueman Willie Brown (Joe Seneca) no modesto quarto em que ele se encontra, a imagem pode parecer conhecida de quem se liga aos blues: sentado numa cadeira, ao lado de um primitivo gravador que faz registro musical. A mesma imagem, em forma de desenho, está na capa do único lp do lendário blueman Robert Johnson que a CBS lançou no Brasil há três anos em sua Collector's Serie Jazz.

Nas reprises, o melhor da música ajustada às imagens

Apenas uma estréia nesta terceira semana de 1989: "Idolatrada", produção nacional de pouquíssimas referências, dirigida pelo desconhecido Paulo Augusto Gomes, com Denise Bandeira, Mário Lago e Eduardo Machado (Cine Groff, 5 sessões). No mais, a programação nas telas continua a mesma da semana passada - mas com opções interessantes. Especialmente filmes que se identificam por excelentes trilhas sonoras - que aqui são registrados.

Cinema para ler - "Nunca te Vi... Sempre te Amei", ao menos em livro

Considerado um dos 10 melhores filmes exibidos no Brasil em 1988, cult movie desde que chegou nas telas do Rio-São Paulo no primeiro semestre do ano passado, "Nunca te Vi... Sempre te Amei" tem ainda um grande público em potencial em Curitiba. Exibido apenas uma semana no Bristol, poderia ter continuado em cartaz em alguma das salas da Fucucu se na pretensão que caracteriza os programadores do circuito oficial não tivessem grosseiramente, desprezado esta produção classe A.

Woopi e Kim, com humor, são as atrações nas telas

Os cinéfilos curitibanos ainda têm na retina a imagem de dramaticidade que a atriz negra Whoopi Goldberg tão bem soube passar em "A Cor Púrpura" de Steven Spielberg - que lhe valeu, inclusive, merecida indicação ao Oscar de melhor atriz (perdendo para Geraldine Page, já falecida, por "A Viagem para Bountiful", de Peter Materson). Entretanto, Whoopi é, antes de tudo uma comediante e foi na Broadway, num show escrachado, "Moms" (baseado na vida da comediante Moms Mabley) que Spielberg sentiu que era a intérprete da dramática personagem para seu filme sobre negros.

Belo, humano, universal. É a marca de Spielberg!

Na seqüência em que Jim Graham (Christian Bale) perde-se dos pais, (Rupert Frazer/Emily Richard) na Xangai invadida pelos japoneses, com multidões desesperadas pelas suas ruas, a câmara de Allan Daviau focaliza, com insistência, um imenso painel que anuncia "E o Vento Levou".

Império do Sol

Vem crescendo o interesse do público pelos romances que dão origem a filmes de sucesso. Aliás, isto não é novidade: nos anos 50, a Editora Vecchi tinha uma coleção chamada "Os Maiores Êxitos da Tela" que chegava até a romancear roteiros para oferecer aos cinemaníacos de então a oportunidade de "ler os filmes". Hoje as editoras sofisticam-se em suas coleções de romance que deram certo no cinema chegam até em edições a preços reduzidos nas bancas de revistas e jornais, como faz a Nova Cultural.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br