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Festival de Gramado do Cinema Brasileiro

Os curtas e médias que não chegam aos cinemas

Como Francisco Alves dos Santos e Geraldo Pioli, do setor de cinema da Fucucu, estiveram em Gramado, assistindo o festival, é de se esperar que já tenham agilizada a inclusão de Curitiba no roteiro das salas especiais em que serão exibidos os curtas e médias, em 16 e 35mm, que ali foram levados. Nos próximos dias, no Cine Clube Estação Botafogo (Rio de Janeiro) e no Museu de Imagem e do Som (São Paulo) os interessantes filmes, nestas metragens, poderão ser vistos pelos interessados. Complementa-se assim, ao menos para os cinéfilos cariocas e paulistas (e Curitiba, como fica?

O olhar sensível na realidade brasileira

Dois média-metragens apresentados em Gramado foram emocionantes abordagens de problemas rurais. Em "Bandeiras Verdes", de Murilo Santos - único cineasta maranhense em permanente atividade - é mostrado, ao longo de 30 minutos, o drama de um casal, Domingos e Rosa Bala, que em busca de trabalho, colocam seus 14 filhos e seus poucos pertences em uma canoa, subindo rios e igarapés, por regiões desconhecidas, em busca de terra liberta para cultivar e viver.

Um filme australiano e o "Jogo Duro" de Giorgetti

Seis filmes inéditos, da mais recente safra do cinema brasileiro, exibidos simultaneamente ao XVII Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, registraram o ridículo bordeaux de 1.612 espectadores no Lido II. Lanterninha entre as nova capitais brasileiras escolhidas pela Embrafilme para a inédita experiência de mostrar nacionalmente os filmes em disputa ao Kikito no mais famoso festival do cinema brasileiro, Curitiba confirmou aquilo que há muito afirmamos: é tola a afirmação de que somos uma cidade de grande exigência cultural, cidade-teste para provar produtos culturais.

Estão no laboratório os candidatos para Gramado

Dos sete filmes que estão prontos e em lançamento pela Embrafilme neste semestre, apenas dois são inéditos o suficiente para justificar sua participação no XVIII Festival do Cinema Brasileiro de Gramado: "A Faca de Dois Gumes", de Murilo Salles, baseado na novela de Fernando Sabino, com Paulo José, José Lewgoy, Marieta Severo e José de Abreu e "Jardim de Alah", de David Neves.

Cinema para ler

A bibliografia de cinema em português tem crescido, conforme aqui registramos na semana passada, em vários setores: biografias, ensaios e mesmo roteiros de filmes. Este último, pela sua própria especificidade, é ainda o que menos entusiasma os editores, pois só os que realmente se interessam por cinema - inclusive com sonhos profissionais de se tornarem roteiristas ou diretores - é que buscam volumes que tenham a transcrição de toda a parte escrita de um filme.

Os grandes talentos nos pequenos filmes

No III Festival Internacional de Cinema, Vídeo e Televisão - de cujo júri de curta-metragem fizemos parte - "Frankenstein Punk", de Eliane Fonseca e Cao Hamburger, conseguiu unanimidade imediata: foi o melhor curta daquela mostra.

Festivais mostram cinema que se aprende na escola

Os festivais de cinema estão abrindo-se para uma vitrine dos filmes realizados por uma novíssima geração, saída dos (poucos) cursos existentes no Brasil. Este ano, a maior revelação foi da dupla Paulo Halm e Luiz Campos, da Universidade Federal Fluminense, que com o contundente "PSW - Uma Crônica Subversiva", média metragem de 50 minutos, denunciando o desaparecimento do deputado catarinense Paulo Stuart Wright, em setembro de 1973, nos cárceres do DOI-COI, São Paulo, praticamente revelaram mais um fato trágico dos anos de ditadura e que permanecia esquecido da história oficial.

O discurso amoroso com o marketing de Fagundes

É uma pena que certas promoções culturais não aconteçam com maior planejamento: a temporada de "Fragmentos de um Discurso Amoroso" (Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, 27 a 31 de outubro, 21 horas, ingressos entre Cz$ 2.500,00 a Cz$ 1.500,00) poderia ser uma motivação para que fossem exibidos nesta semana dois interessantíssimos filmes realizados com base também no texto de Roland Barthes - "A Espera", de Maurício Farias e "Carlota / Amorosidade", de Adilson Ruiz - e, por que não!

Os filmes brasileiros para 1989 / Cineastas preparam lote para 89, apesar do péssimo 88

O curitibano Mauro Alice, considerado um dos melhores montadores do cinema brasileiro (há dois anos, em Los Angeles, fez a edição de "O Beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco), encontra-se há mais de um mês no Rio de Janeiro, dando a forma final ao novo filme de Sérgio Resende - "Eu sem juízo, ela doida demais". Depois de "O homem da capa preta" (1986), Resende volta-se a uma ficção, rodada em Barreiras, rica cidade no Interior da Bahia (graças a cultura de soja), na região dos garimpos da Amazônia matogrossense e ainda no Rio de Janeiro.
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