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Globo Vídeo

Artigo em 19.04.1992

O marketing de consumo está dominando na Globo Vídeo, especialmente numa linha destinada ao chamado "consumidor final" - ou seja, aquele público que deseja ter a fita original em sua coleção.

O cinema brasileiro fica de fora dos lançamentos

Assim como a chamada lei da Obrigatoriedade foi o grande cavalo-de-batalha da indústria cinematográfica brasileira a partir do final dos anos 60 - e especialmente na década de 70 - a questão repete-se com a reserva de mercado para os filmes brasileiros junto ao segmento do vídeo. A questão é ampla, complexa e polêmica mas deve ser discutida! Os realizadores brasileiros conseguiram, após muita luta, chegar até a 140 dias/ano para que os filmes produzidos em nosso país fossem exibidos no circuito comercial.

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Gaúcha de Caxias, atriz consagrada, Ítala Nandi é uma mulher iluminada.

Vídeo 91 - Os melhores e os mais comerciais

Assim como na fonografia - que teve uma redução de 44% nas vendas o sofisticado CD - mesmo custando a partir de Cr$ 15 mil a unidade - marcou uma ascensão (7 milhões de cópias comercializadas em 1991), o vídeo continuou a prosperar enquanto seu pai, o cinema, cada vez mais abandonado, teve um público decrescente, o que leva cada vez mais a repetirem-se últimas sessões de cinema.
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A vida e a morte na barriga da criação

Na primeira seqüência, um casal faz amor num vagão-dormitório que cruza a Riviera Dei Fiore, deixando a França e entrando na Itália. Entre a belíssima paisagem que lembra os quadros de Bellini, em rápido close é focalizada a pequena e poética estação ferroviária de Vintimiglia - a terra natal do artista Franco Giglio, cujas obras hoje fazem parte da paisagem curitibana.

Um curso para locadora conhecer o que é cinema

Uma bela idéia: os jovens Cláudio e Marcelo Graciano estruturaram um objetivo curso sobre introdução ao cinema destinado especialmente aos proprietários e funcionários de locadoras. Através de quatro palestras - a cargo de Hugo Mengarelli, Fernando Severo e este colunista, uma visão sobre linguagens cinematográficas, o cinema como arte, e até um pouco de como se faz um filme. O curso será no auditório Brasílio Itiberê, a partir de amanhã, dia 1o e as inscrições poderão ser feitas até à hora do início da primeira aula. Informações pelos fones 252-2052 e 273-5727. xxx

O primeiro filme a cores de Antonioni

Poucos produtos da indústria cultural/entretenimento têm uma mídia tão grande como o vídeo. Espaços generosos se abrem na imprensa, revistas e jornais especializados são lançados e mesmo na televisão - em si, concorrente ao vídeo - também há programas que abrigam as novidades do setor, como o "Cinemania" que Wilson Cunha apresenta na "Manchete". Assim, repetir o óbvio, falando de quase meia centena (ou mais) de vídeos que as distribuidoras colocam mensalmente nas locadoras nos parece repetitivo.

"Cozinheiro" premiado é fritado no Lido I

Não é só a Fucucu que tem uma programação discutível, pela falta de critérios e, principalmente, melhor visão cultural do responsável pela escolha dos filmes marcados para os 4 cinemas comerciais explorados pela instituição - desprezando obras inéditas, insistindo em reprises e sem dar melhor atendimento às salas de exibição.

Videonotas

Voltada inicialmente apenas a filmes de arte - chegou a lançar "Hiroshima, Meu Amor", de Resnais (indicado para a premiação máxima na escolha da revista "Vídeo News"), a Sagres está rendendo-se ao comercialismo do mercado. Assim é que seu último pacote traz uma insossa comédia de Dick Clemente com Kirk Douglas e a francesa Marlene Jobert ("Um Espião por meu Marido", 1973), o pastiche "O Filho do Capitão Blood", 1972, de Tolio Demicheli, com Sean Flynn - na busca inútil do filão que consagrou seu pai, Erol; e "Uma Winchester entre Mil" (Itália, 1968, de Primo Zeglio).

"Festa" ganha em vídeo e bom pacote do Herbert

Há filmes que se ajustam ao vídeo. Outros só perdem ao serem apreciados na telinha. Por exemplo, uma obra como "Pelle, o Conquistador", por sua dimensão plástica, belíssima fotografia, transforma-se num pastiche ao ser visto no vídeo. O mesmo pode-se dizer de centenas de outros títulos que as distribuidoras insistem em colocar no mercado, muitas vezes em cópias péssimas sem cores, borradas e escurecidas.
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