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O cinema para ler

Após anos de indigência editorial nas áreas das artes, começamos a entrar em dias melhores. Ano a ano, cresce a produção editorial de obras que se voltam ao cinema, música, teatro e artes plásticas - incluindo edições de arte. Mesmo com os tempos bicudos que enfrentamos, e, no caso de edições-brinde de obras de arte tenha havido uma natural recessão com o fim da Lei Sarney (que estimulava investimentos culturais), aliada aos rigores do Plano Collor, ainda se publicou bastante em 1990.

Pagando em US$ para ver antes o que chegará normalmente depois

Da centena de filmes que foram apresentados na 13ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (12 a 31 de outubro de 1989), entre longas e curtas, poucos foram os realmente expressivos - e atraindo um público maior - que chegaram às telas do Cine Ritz entre os dias 6 a 19 de novembro.

Gaúchos fazem filmes de valor e levaram prêmios de Brasília

Se compromissos oficiais não tivessem obrigado o escritor e poeta Carlos José Appel a retornar na segunda-feira a Porto Alegre - com escala no Rio de Janeiro, por certo que o Secretário da Cultura do Rio Grande do Sul estaria tão feliz como os cineastas de seu Estado que, no XXIII Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, viram reconhecidos seus filmes.

A vanguarda filmada do alemão Jatzko

A mostra de filmes experimentais (1980/84) que o cineasta Christoph Jatzko trouxe a Curitiba (hoje, 19h, auditório do Goethe Institut) é altamente estimulante: mostra trabalhos de jovens realizadores berlinenses e também prova do que é possível fazer cinema a custo mínimo. Na abertura, segunda-feira, Jatzko, 39 anos, mostrou três filmes que realizou praticamente utilizando sobras de longas-metragens e velhos negativos mas montados com a criatividade: "S1", "On Ludlow in Blau" e "Xango" - este ainda um work in progress, a espera de finalização.

No campo de batalha

Descrente com o clima de penúria criativa nas artes plásticas locais, a estudiosa da área, Marlene Almeida, da equipe de O Estado do Paraná, foi para a Europa, circulando 30 dias entre os museus e melhores galeria de Madrid, Londres e Paris. Voltou entusiasmada com o que viu mas continua pessimista com o que (re)encontrou ao voltar. xxx Marlene é a correspondente no Paraná da revista "Galeria", uma das mais sofisticadas publicações de artes visuais e, a partir de agora, representa regionalmente outro veículo classe "A": a ultra sofisticada revista "Ventura". xxx

No campo de batalha

Na Uffizi Galeria de Arte (Rua Parnaíba, 411), a marchand Zélia Bueno de Bittencourt selecionou dez novos talentos para uma coletiva. Participa da mostra Ana Maria Comodo - uma das raras artistas paranaenses a se dedicar a arte da colagem, com trabalhos dos mais inventivos e que vem merecendo elogios. xxx A Prefeitura de Lages decidiu também abrir espaços culturais: abriu seu Centro de Artes, com uma individual de Joel Figueira. xxx

No campo de batalha

Ary Beraldim, irmão caçula do deputado Neivo Beraldim, achou que mais seguro do que vender tecidos para as peruas paulistas é garantir um espaço no Legislativo. Assim fechou a firma que possuía em sociedade com Rodolfo Scarpa e transformou uma das lojas na Rua da Consolação em comitê político para sua campanha a deputado estadual. Em São Paulo.

Em Santa Catarina, uma "Manhã" de novos tempos

Há dez dias, 24 de agosto, no Cinema N. Sra. do Desterro do Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis, aconteceu uma sessão histórica: a primeira exibição de "Manhã", produzido pelo Departamento Artístico Cultural da Universidade Federal de Santa Catarina (será que algum dia a nossa septuagenária e artereosclerosada universidade faria o mesmo?)

Fullgraf ajudará a mostra dos filmes da Perestroika

Enquanto aguarda dias melhores para poder deslanchar seus projetos mais ambiciosos - como um documentário sobre a energia nuclear e um longa, semi-documentário sobre a vinda do botânico Alexander von Humboldt (Berlim, 1769-1859), que foi um dos primeiros naturalistas a estudar a flora e fauna no Brasil (e do que resultaram vários livros de sua imensa obra), o cineasta e jornalista Frederico Fullgraf, 40 anos, desenvolve projetos mais imediatos.

No campo de batalha

Há muitos Paulinhos de talento na MPB. Vítola e da Viola são dois deles. Paulo Vítola, publicitário, poeta e compositor, foi quem fez as músicas de "Cidade Sem Portas" e não o grande Paulinho da Viola (Paulo César Batista Faria), também nosso grande amigo. Fica corrigido o engano dos nomes dos autores do musical sobre Curitiba. A propósito: a pedido de um grupo teatral da cidade, Paulinho Vítola e Adherbal Fortes de Sá Júnior estão dando uma reciclada, duas décadas depois, nas músicas e textos, para uma possível remontagem.
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