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Louis Malle

Gretchen e Pixote batem recordes de bilheteria

Um dado para o mais empertigados executivos das multinacionais do cinema examinarem com atenção: um modesto filme produzido na chamada Boca do Lixo, em São Paulo, conseguiu quebrar todas os recordes de bilheteria, em uma semana de exibição. “Aluga-se Moças”, em 7 dias no cine Condor faturou exatamente Cr$ 2.400.000,00 – Cr$ 900 mil a mais do que a superprodução “Caçadores da Arca Perdida” (Raiders at the lost ark, 1981, Steven Spielberg), que ali, na primeira semana, rendeu Cr$ 1.500.000,00.

Vera, a modelo de Dior que trabalhou com Malle

De uma família de raízes teatrais, Vera Barreto Leite (*), 55 anos completados dia 27 de maio, assumiu a personagem Matilde - a atriz que sonha em voltar aos palcos, num espetáculo com o seu amigo-amante, meio músico, meio ator (Felipe Camargo) - por acaso. Após a frustração de ver suspenso o projeto "As Bacantes" com o qual seu amigo José Celso Martinez Corrêa pretendia reinaugurar o Teatro Oficina (SP), aceitou trabalhar como assistente do jovem Maurício Abud, que havia conhecido junto ao grupo de Zé Celso, numa montagem em que a atriz seria Maria Gladys.

Dois filmes inéditos de Bridges

Realizador inglês, vindo da televisão, Alan Bridges, 62 anos, teve em 1973, com "O Assalariado" (The Hireling), com Sarah Miles e Robert Shaw, a sua chance maior. Premiado com o Palma de Ouro, em Cannes, aquele filme colocando em questão as desigualdades sociais da Inglaterra, foi comparado, por muitos, como um exemplo do cinema influenciado por Joseph Losey (1909-1984), contundente em suas visões do british way of life. Entretanto, afora um público mais atento, poucos se interessaram em acompanhar os outros trabalhos de Bridges, que nem chegaram aos circuitos comerciais no Brasil.

Jeanne Moreau, diretora num filme que poucos assistiram

Reiniciando suas promoções cinematográficas, a Aliança Francesa trouxe nesta semana um filme dos mais interessantes - "A Adolescente" - segunda (e ao que parece última) experiência de Jeanne Moreau como diretora-roteirista. Hoje ainda, às 14 horas, haverá uma projeção na nova sede da Aliança (Rua Ubaldino do Amaral, 929) deste filme rodado em 1978; dois anos após Jeanne ter feito seu primeiro longa como realizadora - "Lumiére" (apresentado apenas na televisão no Brasil, com o título de "No Coração, a Chama").

Cinema para ler

A bibliografia de cinema em português tem crescido, conforme aqui registramos na semana passada, em vários setores: biografias, ensaios e mesmo roteiros de filmes. Este último, pela sua própria especificidade, é ainda o que menos entusiasma os editores, pois só os que realmente se interessam por cinema - inclusive com sonhos profissionais de se tornarem roteiristas ou diretores - é que buscam volumes que tenham a transcrição de toda a parte escrita de um filme.

Criança, mais do que simples personagem

De Chaplin a Lasse Hallstrom (com esta jóia chamada "Minha Vida de Cachorro"), dezenas de cineastas se voltaram ao universo infantil para sensibilizar públicos das mais diversas latitudes. Em 1921, Charles Chaplin - cujo centenário de nascimento está merecendo, naturalmente, as maiores comemorações - já mostrava toda ternura capaz de render um filme sobre uma criança em "O Garoto" (The Kid), com Jackie Coogan (1914-1980), então com 7 anos.

O discurso amoroso com o marketing de Fagundes

É uma pena que certas promoções culturais não aconteçam com maior planejamento: a temporada de "Fragmentos de um Discurso Amoroso" (Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, 27 a 31 de outubro, 21 horas, ingressos entre Cz$ 2.500,00 a Cz$ 1.500,00) poderia ser uma motivação para que fossem exibidos nesta semana dois interessantíssimos filmes realizados com base também no texto de Roland Barthes - "A Espera", de Maurício Farias e "Carlota / Amorosidade", de Adilson Ruiz - e, por que não!

No campo de batalha

Uma troca de nomes: "Hiroshima, Mon Amour", que citamos em nosso comentário, referindo-se ao roteiro de Marguerite Duras, foi dirigido por Alain Resnais e não Louis Malle, que havia estreado em 1965 com "O Mundo do Silêncio" e realizado já "Ascensor para o Cadafalso" (1957) e "Os Amantes" (1958), quando Resnais, vindo de documentários curtas, fez o filme-marco da "nouvelle vague", "Hiroshima, Mon Amour", em 1959. xxx

Melhor estréia é o grito anti-apartheid da África

Tinha tudo para ser um super-sucesso: como "Gandhi" (8 Oscars, incluindo os de melhor filme e diretor em 1985), aborda uma personagem contemporânea: o líder negro Sul-africano Steve Biko (8/12/1946-12/9/1977), criador do Black Consciousness, um dos mais corajosos movimentos de luta contra o apartheid.
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