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Marcelo Marchioro

Peças digestiva, cerebral e tradicional estão em cartaz

Por uma feliz coincidência, a normalmente fraca programação teatral da cidade oferece neste fim-de-semana três espetáculos diferentes - e que além de se destinarem a públicos específicos mostram que é possível ampliar as opções. Quem busca um espetáculo apenas divertido, como entretenimento, tem "O Vison Voador" dos americanos Ray Cooney e John Chapman (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, 21h, ingressos a NCz$ 6,00 e NCz$ 5,00), quase um vaudeville, direção de Odavlas Petti (que no passado já fez coisas melhores) e elenco em que reaparece até a ex-vedete Marly Marley, hoje sra.

Palavras de Vian e música de Duke

As editoras Nova Fronteira e Brasiliense deveriam agradecer a Marcelo Marchioro: o interesse que "Nenúfar" está despertando junto aos jovens espectadores em conhecer as obras de Boris Vian, faz com que haja uma corrida às livrarias em busca de seus 3 únicos livros editados no Brasil: "A Espuma dos Dias" (tradução de Eliana Motta, Nova Fronteira, 1984, 208 páginas); "Vou Cuspir no seu Túmulo" (tradução de Onézio Paiva, Nova Fronteira, 1986, 176 páginas) e "Escritos Pornográficos" (tradução de Heloísa Jahn, Brasiliense, 1985, 92 páginas).

Erramos, sim!

Dois erros na coluna de ontem, no comentário sobre a peça "Pegando Fogo... lá fora", - um de composição, outro de informação. Ao referirmo-nos ao personagem Eugênio Tosta (interpretado pelo pianista-ator Pietro Maranca), que lembra fisicamente e comportalmente a Woody Allen, o certo seria "entre o humor patético e o drama de uma solidão assumida" e não assassina como saiu, truncando totalmente o sentido. Afinal, a última coisa que o personagem Tosta, na peça do Gianfrancesco Guarnieri, seria é assassino.

No campo de batalha

A temporada de "Eu, Feuerbach", de Tankred Dorst (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, hoje, 21 horas: dias 21 a 26, 29 a 31), marca uma nova faceta do talentoso Adriano Távora: a de tradutor. Surpreendendo a todos, o primogênito de Maurício Távora, mostra que aprendeu bem o alemão no Goethe Institut e fez uma boa tradução do complicado texto de Dorst. xxx

Álamo, uma etiqueta para nossos músicos

Álamo - Eis um nome da etiqueta musical que poderá identificar, a curto prazo, algo que sempre se esperou entre nós: uma atuante marca fonográfica, prestigiando basicamente os compositores, intérpretes e instrumentistas paranaenses. A iniciativa é de um catarinense, Romário José Borelli, 41 anos, desde 1986 radicado em Curitiba, dramaturgo, pesquisador, compositor, que após quase um ano de pesados investimentos implantou às margens do lago do Barigui (Rua Lúcia Razeira, 1035) um moderno estúdio de gravação).

Em câmera lenta, o grito do amor ao teatro parado no ar

É um hino de amor ao teatro. Um hino lancinante, profundo, absolutamente sem concessões digestivas mas que se acrescenta a outros (bons) momentos em que o teatro se volta ao redor de seu mundo e magia. Assim é "Eu, Feuerbach" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, até o dia 2 de fevereiro, 21h), uma montagem tão vigorosa quanto (pode ser) polêmica que acontece em Curitiba - e que, perdoem o chavão, abre com chave de ouro (sic) este ano teatral.

Nos bastidores

Tankred Dorst, 63 anos, o autor de "Eu, Feuerbach", esteve em Curitiba há quatro anos, dentro de uma viagem por vários países. Na ocasião, foram feitas leituras de sua peça "Merlim", um espetáculo que no palco dura mais de 10 horas. No Guaíra, foi encenado um de seus textos mais difíceis, "Gritaria nos Muros da Cidade". Além de dramaturgo, Dorst é tradutor, editor, libretista, produtor de programas de rádio e televisão e cineasta (desde 1962 participou de 13 filmes, a maioria para televisão). xxx

Colegas esqueceram a homenagem para Kraide

Pelo menos durante uma década, Antônio Carlos Kraide (Piracicaba, 1-06-1945-Curitiba, 19-01-1983) viveu em nossa cidade. Aqui fez e viveu teatro - de seus tempos de aluno do curso de Arte Dramática da Fundação Teatro Guaíra até o mais criativo (e promissor) diretor revelado nos anos 70, com uma carreira brilhante e que uma morte brutal - um assassinato até hoje nunca esclarecido devidamente - veio interromper há três anos.

No campo de batalha

Vicente de Paula Athayde, 46 anos, professor, escritor e editor, perdeu a direção do Colégio Estadual Loureiro Fernandes, devido a sua participação na greve dos professores. Houve manifestações de solidariedade. Tranqüilo, Vicente diz que o episódio "enriqueceu meu currículo e é mais uma experiência pessoal". Um bom gancho para seu próximo livro. xxx Como editor, Vicente está lançando "E não Foi Deus quem Fez o Homem", de Delmir de Andrade, escritor de Cascavel que, em sua opinião, é "uma grande revelação". xxx
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