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Miles Davis

O tempo do jazz esquenta com o IV grande festival

Nascido como uma forma do próspero empresário Eduard Guy Manoel em promover a sua empresa no salão de informática no Barigüi, no ano passado, o Sigma Jazz Group deu tão certo que foi o núcleo para deslanchar o Blue Note Jazz Club. Graças ao apoio de idealistas entusiastas de jazz - como Caetano Rodrigues (dono da maior e melhor coleção em CD de Jazz do Paran) e Jorge Natividade, o clube emplacou e chegou - coisa rara neste tipo de associação - ao seu primeiro aniversário há algumas semanas.

O jazz com Sony, Mingus e Desmond

1988 parece que será realmente um ano riquíssimo em termos de jazz. Afora as boas temporadas já realizadas e o apetitoso leque de atrações que as irmãs Silvinha e Monique Galdesberg montaram para a próxima edição do Free Jazz (setembro, São Paulo/Rio), os lançamentos de qualidade sucedem a cada semana, tornando difícil mesmo os mais endinheirados colecionadores acompanhar todas as edições.

Freire-Maia, nosso candidato ao Nobel

Muito mais do que a data redonda em si, os 70 anos de Newton Freire Maia, lembrados ontem, com uma ampla programação organizada por seus muitos amigos, representou um pouco do reconhecimento desta cidade a uma de suas melhores "cabeças" - que pode ser visto como um exemplo em qualquer prisma do caleidoscópio de sua vida: professor, cientista, pai, intelectual, homem de fé e, sobretudo, amigo daqueles que tão bem preenchem a receita do poeta Fernando Brant ("amigo é coisa/para se guardar/ debaidebaixo de 7 chaves/do lado esquerdo do peito").

Não é só água na boca; é no ouvido com jazz

Como tivemos a felicidade de, há 4 meses passados, darmos a primeira grande notícia, em detalhes, na imprensa nacional, da programação do New York International Festival Of Arts - e cuja leitura estimulou ao menos o casal Viaro e a Rose Giglio a programarem suas viagens a Big Apple - achamos justo, mesmo que sinteticamente, informar aos leitores que gostariam de ali ter comparecido, para assistir tantos eventos artísticos entre as várias áreas atingidas.

Duke & as big bands

Maior entre os melhores, Duke Ellington (1899-1974), também vem tendo momentos culminantes de sua obra colocadas no Brasil pela CBS - e aos quais se acrescenta "Up Town", com gravações do período de julho de 1951 a agosto de 1952, época em que as big-bands começavam a sofrer problemas econômicos e os grandes solistas formaram pequenos conjuntos.

A melhor fase de Miles Davis

Enquanto o último álbum do Modern Jazz Quartet, gravado ao vivo, com uma orquestra de câmera, está na praça há três meses pela Atlantic/WEA, e o primeiro álbum-solo do sax-revelação Courtney Pine (revelado originalmente em alguns solos da trilha de "Coração Satânico" (WEA) também saiu. No Brasil, a CBS, que dispõe do maior acervo histórico de jazz está se apresentando para fazer com que o fundamental da obra de Miles Davis chegue ao nosso público.

Os melhores momentos dos bons que já desapareceram

Assistir a um grupo como o Traditional Band é como uma espécie de introdução ao mundo fascinante do jazz. Privilégio de uma minoria de iniciados nos segredos da música instrumental americana até há alguns anos, o jazz se democratizou felizmente! E o interesse é crescente, haja visto que em menos de seis meses o Blue Note Jazz Clube, fundado pelo engenheiro Guy Manoel a frente de um grupo de jazzmaníacos, se consolidou atingindo já sua lotação completa (hoje a noite, aliás, acontece uma reunião especial, com canja da rapaziada do TJB).

E a fussion jazzística começou há muito tempo

Para os conservadores do jazz que poderão se irritar com a exagerada eletrificação de violino de Ponty - e dos músicos que o acompanham, é bom que se diga: desde o final dos anos 50 que em nome de uma fussion o jazz tem sido absorvido por instrumentistas de formação de rock mas, inteligentemente, preocupados com uma linguagem mais profunda. Assim como grandes jazzistas - e basta lembrar Miles Davis - também se aproximaram da eletrificação, do balanço, da comunicabilidade jazzística.

O superfestival das artes em Nova Iorque

Nova Iorque não é mais aquela metrópole do sonho distante - imagem apenas em filmes ou nas canções de Rodgers & Cole Porter. Mesmo com o dólar ultrapassando os três dígitos as viagens para a "Big Apple" cada vez mais entram no cotidiano de segmentos (ainda que privilegiados financeiramente) de brasileiros de muitos Estados e, assim, notícias de quem esteve - ou irá - para aquela cidade já começam a se tornar tão quotidianos como se fosse registros de viagens ao Rio ou São Paulo.

Este jovem Guarnieri

Foi emocionante. Nas noites de sexta-feira (Teatro do SESI) e sábado (Auditório da Reitoria), o maestro Norton Morozowicz, 39 anos, antes de apresentar a estréia mundial de "Improvisos", chamou ao palco o seu autor, Camargo Guarnieri, 80 anos, e lhe entregou a batuta para reger a Orquestra de Câmara de Blumenau. Norton, com sua flauta dourada, foi o solista da peça que Guarnieri lhe dedicou e que constituiu o ponto alto do concerto comemorativo ao lançamento do álbum duplo "Viva Villa", o sétimo que a Orquestra de Câmara de Blumenau grava em apenas seis anos de existência.
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