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O Estado de São Paulo

Jornalismo econômico e a notícia como produto

Campo árido, de leitura dirigida para segmentos muito específicos, o setor econômico adquiriu, nos últimos anos, a condição de vedete na imprensa. Quem imaginaria, há 15 ou mesmo 10 anos, que as cadeias de televisão abririam nobres espaços para informar sobre o complexo mundo das finanças e que páginas inteiras nos jornais diários, com as dicas para melhor aplicação dos (pouco) cruzados que eventualmente sobram, passariam a ter um número de leitores cada vez maior?

No campo de batalha

Discípulos de discípulos (etc., etc.) de alguns pintores (menores), continuam sendo, generosamente, acolhidos pelo Sesc da Esquina, preocupado apenas em mostrar números em seus relatórios de atividades, e sem preocupação de melhor seleção de quem ali expõe. Realmente, Curitiba é uma cidade generosa para com os amadores que aqui, nas áreas plásticas, se reproduzem como coelhos na busca de uma "profissionalização". xxx

Matilde, uma mulher além do "sex symbol"

Quem imagina Matilde Mastrangi como um "sex symbol", desinibida e erótica, como sugere a imagem que transmite em fotos e mesmo na publicidade de "Uma Cama Entre Nós" (auditório da Reitoria, 6 a 9 de agosto, 21 horas) não conhece a outra Matilde. Ao menos é o que se preocupa em (de)monstrar seu atencioso "manager", Marco Possi, paulista, 35 anos, ex-produtor de pornochanchadas e há 4 anos dedicando-se em "full-time" a Matilde.

No campo de batalha

Amanhã, segunda-feira, um grande concerto no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto: a Orquestra de Câmara da Rádio e TV Polonesa, sob regência da maestrina Agnieska Duzmal e tendo como solista o violinista Jerzy Milewski. xxx Na ocasião, o lançamento do álbum com "As Quatro Estações", de Vivaldi, gravado na Polônia, há poucos meses e cuja edição no Brasil foi bancada por Milewski, que se considera um polono-brasileiro. Ele é casado com a pianista Aleida Schweitzer, catarinense de Caçador, mas que residiu muitos anos em Curitiba, aqui iniciando sua carreira artística. xxx

Aurea cresceu e pode deixar de ser a Anna

Há seis meses, o cineasta Noilton Nunes convidou a família Leminski para interpretar a família Assis em "Fronteiras - A Saga de Euclides Cardoso". Assim, a bela e mignon Aurea seria a jovem Anna Emília Ribeiro (1890-1909), aos 13 anos, enquanto Paulo Leminski seria o seu pai, um militar positivista e a poeta e publicitária Alice Ruiz, também no cinema - já que o filme de Noilton busca ser o mais autentico possível. Só que Alice Ruiz está preocupada em que a sua filha Aurea não possa mais fazer a frágil e jovem Anna de Assis, pois o tempo está passando e a moça crescendo.

O Paraná necessita de livros. Mas será preciso uma Fundação?

A repercussão não poderia ser melhor. Afinal, não há quem seja contra: tudo que se relacione ao livro merece ter prestigiamento. Um país se faz com homens e livros, repete-se exaustivamente, só que as bibliotecas, já poucas, emagrecem-se no lugar de crescer e há centenas de localidades sem uma única biblioteca.

Noilton e a busca do autor de "Os Sertões"

Noilton Nunes, fluminense da Campo, tinha pouco mais de 10 anos quando seu pai, Milton Rodrigues Nunes (1922-1972), um euclidineano fanático, o presenteou com uma edição de "Os Sertões". Em 1966, ele escreveria uma monografia sobre Euclides da Cunha que foi premiada em concurso do Ministério da Educação e Cultura. Nacia, então, o núcleo básico do roteiro que há pelo menos 10 anos tenta transpor ao cinema.

Telefone e diagramação ganham livros oportunos

Enquanto o teleamizade (145) continua a provocar polêmicas (mas a Telepar pouco liga, pois o mesmo está ajudando o seu esplêndido faturamento) - um fértil escritor paulista, Luiz Nazário, acaba de publicar um original estudo: "Telefone" (Nova Stella Editorial, 53 páginas, Cz$ 60,00). Neste estudo, Nazário - que ultimamente vem publicando livros que vão do cinema ao comportamento sexual ("Sexo, A Alienação do Desejo", Brasiliense, 117 páginas, Cz$ 110,00), lembra que é através do telefone que praticamente todas as decisões vitais do homem moderno são tomadas.

Pena Branca e Xavantinho, o canto gostoso da terra

Faltam apenas 13 anos e cinco meses para chegarmos ao Ano 2000 e não se pode mais exigir que a música rural conserve-se como era há 50 anos, quando o pioneiro Cornélio Pires (1884-1958) teve a idéia de fazer, de forma alternativa (afinal, Mr. Evans, da RCA, não acreditava no gênero), as primeiras gravações com intérpretes sertanejos. Há anos, no Festival da Record, Rita Lee e os Mutantes, no auge da criatividade, abriam "2001", justamente imitando um trio sertanejo. Hoje o buraco é mais embaixo!

Um filme é um filme. Um livro é um livro

O próprio Umberto Eco declarou: "Um livro e um filme são objetos diferentes, de autores diferentes, e é bom que cada um deles tenha sua própria vida". Portanto, estupidez dos "intelectualizados" leitores de "O Nome da Rosa" em querer minimizar o filme de Jean-Jacques Annaud ("Preto e Branco em Cores", "A Guerra do Fogo" e o inédito no Brasil, "Oup do Tète") com comparações, "é apenas um filme policial na Idade Média" ou "o livro é melhor".
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