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Raul Julia

Videolançamentos

À primeira vista o título pode até lembrar um dos mais importantes filmes dos anos 60, um autêntico cult-movie, nunca reprisado pela televisão e, naturalmente, inédito em vídeo: "Uma Vida em Pecado" (Studs Lonigan), 60, de Irving Lerner. Mas não é: "Uma Vida de Pecado" (A Life of Sun) é o título de uma produção que só tem como atração a presença do octogenário José Ferrer (que ganhou o Oscar de melhor ator em 1960, por "Cyrano de Bergerac", aliás à disposição em vídeo) falecido na Flórida no último dia 26 de janeiro, num de seus últimos trabalhos no cinema.

Reprises e continuações em semana sem bons lançamentos

Janeiro, verão, férias e programação tranquila nos cinemas. Se neste início de 92 não há grandes lançamentos destinados à platéias infanto-juvenis capazes de permanecerem semanas em cartaz - o novo Steven Spielberg só chega quando o Oscar estiver próximo (afinal "Hook", sua transposição da história de Peter Pan, pretende várias nominations), é tempo de reprises e continuações.

Saiu a barriga, entrou o Corpo e Frankenstein revive novamente

O melhor filme da temporada - mesmo com a concorrência das produções oscarizáveis - saiu de cartaz. Inexplicavelmente, o programador (sic) da Fucucu substituiu "A Barriga do Arquiteto" (The Belly of an Architect), 1987, de Peter Greenaway, por "Corpo em Delito", que com todos os méritos poderia esperar mais uma semana. Aliás, o lançamento de um filme brasileiro - coisa rara nestes tempos colloridos - mereceria ter uma programação especial.

O marketing do suspense acima do "Ônus da prova"

Não basta editar bons títulos. É importante saber promovê-los.

No romance e na realidade, os ótimos filmes estão chegando

Ora, viva! Afinal um filme de primeira categoria, candidato sério a entrar na lista dos melhores do ano, ganha uma segunda semana de exibição: "Stanley e Iris", de Martin Ritt - um exemplo de obra emotiva, suave, falando de gente como a gente, com dois excelentes intérpretes - Robert de Niro e Jane Fonda, uma belíssima trilha sonora de John Williams e, principalmente, um roteiro esplêndido, permanece em cartaz no Condor. Uma chance de quem ainda não assistiu, conhecer um exemplo de bom cinema.

"Romero", denúncia de utilidade pública

Para driblar a crônica crise de falta de recursos, que normalmente inviabilizaria qualquer promoção, o sempre criativo Valêncio Xavier está realizando no Museu da Imagem e do Som um curso sobre cinema documentário que vem tendo ótima freqüência e bons resultados. O próprio Valêncio, um apaixonado pelo documental, faz as palestras e, com seus contatos preciosos, conseguiu clássicos momentos do cinema documentário, que, em vídeo, estão revelando para uma nova geração a importância do olhar cinematográfico sobre a realidade.

Uma nova versão para a ópera de Weill e Brecht

Da imensa, política e consciente obra de Bertold Brecht (1898-1956), sem dúvida a mais conhecida é "A Ópera dos 3 Tostões" (escrita em 1928, inspirada em "A Ópera do Mendigo", do inglês John Gay. Independente dos méritos de dramaturgo de Brecht, contribuiu para fazer desta "Ópera" um standard internacionalmente montado - e com inúmeras adaptações e derivações (inclusive "A Ópera do Malandro", de Chico Buarque de Holanda), a perfeita parceria com Kurt Weill (1900-1950), que criou as canções que sua esposa, Lotte Lenya imortalizaria.

Airto e Flora virão com Gillespie para Free Jazz

No domingo, Airto Moreira telefonou de Los Angeles, para a casa de sua mãe, dona Zelinda, 75 anos, contando que estava retornando de uma nova tournée, desta vez de três semanas na Inglaterra e mais uma em Cuba. Segunda-feira, 21, Beatriz Alessi, correspondente da "Folha de São Paulo" em Londres, relatava sobre a temporada de três semanas que Airto e Flora Purim haviam feito no Ronnie Scott's - a mais famosa casa de jazz da Capital inglesa - com lotação esgotada todas as noites.

"Baleias de Agosto", o adeus de Bette Davis

Dispondo de grandes acervos, com títulos dos mais importantes - mas que nem sempre são comercialmente convenientes - as chamadas majors (as grandes produtoras do cinema americano) ao ingressarem em novos territórios na área do vídeo, como é o caso do Brasil, mostram-se cautelosas na escolha de seus lançamentos mensais. Afinal, com um vídeo chegando a quase NCz$ 400,00 - e restrito, portanto as distribuidoras com maior cacife - há necessidade dos pacotes oferecerem retornos garantidos do investimento feito por cada empresário.
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