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Vinícius de Moraes

A noite em que João Gilberto cantou em Curitiba

Foi num domingo. E lá se vão 28 anos, mas parece que foi ontem. A Bossa Nova ainda era vista com restrições. Mesmo pessoas que gostavam da música brasileira como João Féder, então secretário de redação da vibrante "Tribuna do Paraná", ex-discotecário da Rádio Guairacá e hoje conselheiro do Tribunal de Contas, não entendia bem o canto aparentemente desafinado do nome maior da Bossa Nova - o baiano João Gilberto. Nara Leão, então, nem pensar.

Encontro marcado com o jazz de Fernando Sabino

Os cariocas ainda não descobriram. Ainda bem! Se já tivesse tornado modismo, as jam-sessions da happy hour dominical do Gula Bar, no Marina Palace Hotel, no Leblon, RJ, não teriam a tranqüilidade e clima de encontro de amigos com quem vem sendo caracterizada há dois meses. Em pouco tempo, seus 60 lugares passariam a ser tão disputados quanto são os do Michael´s Pub, em Nova York, às segundas-feiras, quando ali se apresenta um clarinetista chamado Woody Allen, também cineasta.

O talento brabo da bela cantriz Denize

Meu pai, gravei para sempre No meu pensamento Terno claro, preto de sapato branco A voz gutural, com uma sensibilidade selvagem, é o canto de amor filial, faixa de abertura com que Denise Assunção, 34 anos, em parceria com o irmão famoso, Itamar, 41, abrem "A Maior Bandeira Brasileira" (produção independente, distribuída pela Baratos Afins, abril/90), disco que vale a esta cantriz crioula, beleza muito pessoal, quilometragem paranaense e hoje vivendo na Suiça, uma atenção especial.

"Personalidades" muito bem escolhidas da MPB

O advento da Era do CD estimulou as gravadoras a produzirem discos com os nomes de potencialidades de vendas que passaram por suas etiquetas. Afinal, os direitos sobre os fonogramas pertencem às gravadoras, público existe - tanto aquela faixa exigente que, pouco a pouco, vai substituindo os discos em vinil por CDs (como, a partir de 1952, substituiu os pesados e frágeis 78rpm por elepês), como, no caso dos mais jovens, que dispõe de montagens reciclantes, com excelente tratamento de remixagem, de gravações históricas.

Doce música do suave Toquinho

Este ano, Toquinho preferiu não gravar nenhum disco no Brasil. Reduziu sua agenda de apresentações - mais de 20 shows foram suspensos e, como apaixonado por futebol, atuou inclusive como comentarista num programa de televisão durante a Copa do Mundo. Agora, com um novo espetáculo, por ele concebido e dirigido, inicia em novembro uma excursão pela Itália, ali devendo gravar seu novo elepê - com previsão de lançamento no Brasil somente em 1991.

Agora, os melhores do jazz em edições laser

Se faz lançamentos na área mais popular - como o álbum The Cleebanoff Strings & Orquestra ("Besame Mucho"), com 20 hits de várias épocas, abre uma série para Blues com diferentes intérpretes - que merecerá registro posterior - o forte da Imagem, além dos clássicos, são os discos de jazz. Desde a música das big bands - como a de Harry James, (1916-1983), com seus 14 standards mais conhecidos a partir do prefixo "Ciribiribin" - ao raro álbum com Chet Baker (1929-1988) cantando - o catálogo da Imagem é rico e diversificado.

Joyce internacional e Leny com novas canções

Joyce cada vez mais internacional. Uma viagem musical pelo tempo, proposta por Anna Maria Kieffer. Leny Andrade, nossa grande cantora jazzística com um repertório diversificado e renovado. Um revival em homenagem a Clara Nunes - uma das maiores sambistas que o Brasil já teve. O canto gaúcho de Maria Luiza Benitez. Eis um pacote provando que o canto continua das mulheres - neste nosso Brasil em que tantas jovens sonham por um espaço no disputado mercado e que, em veredas diferentes, buscam seus objetivos.

Maysa sem lágrimas em momentos de amor

A abertura não poderia ser mais suave, embora até um tanto óbvia. No imenso auditório escuro, a projeção de um imenso close up com os olhos que sempre foram sua marca registrada. Chico Anysio, com voz clara, acentuada emoção, dizendo o poema que há trinta anos Manuel Bandeira (1886-1968) dedicou a sua musa na "Estrela da Tarde": "Os olhos de Maysa são dois não sei que

O que vai faltar na homenagem a Vinícius

Como teve a felicidade de ter se tornado amigo de Vinícius de Moraes a partir da primeira vinda do Poeta a Curitiba, em 27 de dezembro de 1971, para a inauguração do Teatro Paiol - nome que ficou por sugestão do próprio - o prefeito Jaime Lerner evitou que os 10 anos da morte do autor de "Para Viver um Grande Amor" ficasse em branco. Assim determinou à Fundação Cultural de Curitiba que organizasse um projeto especial para lembrar aquele que foi o Poeta mais amado deste país - e cujos 10 anos de ausência - estão merecendo vários eventos.
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