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Oscar, o melhor marketing da usina de sonhos de Hollywood

Há dez anos passados, pouquíssima pessoas se interessariam em saber quem eram os candidatos ao Oscar. Os filmes indicados demoravam a serem lançados no Brasil e a divulgação da festa era precária, no máximo a imprensa nacional registrando os nomes dos filmes, diretor e principais atores/atrizes galardoados. Hoje, 18 anos após a cerimônia ter passado a ser transmitida via televisão para o Brasil - e atingindo mais de cem países - o Oscar é o maior elemento do marketing promocional da indústria cinematográfica americana.
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Boneco sempre ajuda na guerra das bilheterias

Com sua experiência de mais de 30 anos no setor de exibição, João Aracheski, executivo da Fama Filmes, aceitava apostas até a tarde de segunda-feira: para ele, Lionel Richie levaria mesmo o Oscar de melhor canção - e mesmo não sendo um troféu principal, isto ajudará a carreira de "O Sol da Meia Noite", filme sobre balé que deverá fazer tanto sucesso de público quanto "Momento de Decisão" (1977).

"A História Oficial" chega a Curitiba

Oscar de melhor filme estrangeiro-1986, prêmio de melhor atriz para Norma Aleandro no Festival de Cannes-1985, "A História Oficial" de Luís Puenzo é o mais importante filme argentino dos últimos anos. Corajoso, humano, profundamente político e atual, já levantou mais de 30 prêmios em festivais internacionais, está em cartaz há 4 meses em Nova Iorque e há 60 dias em mais de 30 cidades americanas - o mesmo acontecendo em Londres e Paris. Em todos os locais onde tem estreado o êxito é o mesmo: consagração da crítica e entusiasmo de público.

Duas boas estréias e mais ótimas reprises

A concorrência entre os exibidores privados e a Fundação Cultural de Curitiba, que se tornou uma grande exibidora com três salas comerciais (e mais uma quarta, a ser inaugurada em breve no Portão) traz ao menos um benefício. Bloqueada em conseguir grandes estréias, a FCC terá que fazer reprises e, o bom gosto do Chico Alves faz com que filmes importantes retornem. Só espera-se que os mesmos, quando obterem boas bilheterias, permaneçam em cartaz - e não fiquem magros 7 dias.

Uma semana com variadas e excelentes opções

Excesso de bons programas traz angústia a quem se interessa em acompanhar todos. A eficiência de Francisco Alves dos Santos, programador das salas de exibição da Fundação Cultural, somada à chegada dos filmes nominados para o Oscar - e alguns premiados na noite de segunda-feira - faz com que falte tempo para se assistir a tudo que está em exibição.

"Camorra", um filme de utilidade pública

Existe o cinema-estética, o cinema-coração assim como o cinema efeitos especiais - entre tantas classificações que críticos e ensaístas como o curitibano Lelio Sottomaior Jr. gostam de fazer. Mas há também o cinema-utilidade pública. Não apenas o filme promocional ou publicitário, realizado dentro de claro e definido prisma mercadológico, capaz de se integrar a um determinado objetivo - e então se cairia apenas no simples comercial de poucos segundos - mas aquela obra que, pela sua seriedade vem prestar um real serviço à comunidade.

A lista de Stanley

Por um extravio de correspondênica, a lista de Stanley de Souza, 31 anos, redator de cinema, não nos chegou a tempo de incluí-la na edição dos melhores de 1986. Apaixonado por cinema, locutor e produtor de programas de rádio e editor do "Jornal do Cinema", Stanley fez as seguintes indicações em sua lista dos melhores filmes lançados em 1986 em Curitiba. 1 - A História Oficial, Argentina, de Luíz Puenzo. 2 - RAN, Japão, de Akira Kurosawa. 3 - Kaos, Itália, de Paolo e Vittorio Taviani. 4 - Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios, Iugoslávia, de Emir Kusturica.

Violência, gay & Mônica, as estréias desta semana

Apenas 4 estréias - e uma delas em horários especiais, destinada a permanecer 90 dias em cartaz: "Mônica e a Sereia do Rio" (Cine Plaza, sábados e domingos, 10,11,12 e 13 horas). Há um filme de Ozualdo Candeias, um dos mais criativos cineastas brasileiros - e que se encontra em Curitiba, a convite da Cinemateca, dando um curso prático de produção cinematográfica (paralelo à retrospectiva de sua obra): "A Opção" (Cine Groff, desde ontem).

No Campo de Batalha

Roberto Menghini já está ensaiando a adaptação que Aldo Schmidt fez de "O analista de Bagé", de Luiz Fernando Veríssimo, com estréia no Interior e que só no meio do ano virá para Curitiba. xxx A propósito, Menghini esclarece: ele deixou o chamado "Bar da Classe", nos fundos do teatro 13 de Maio, há quase dois anos, quando o vendeu para um taberneiro de nome Itamar. "No meu tempo, diz Menghini, a freqüência não era exclusivamente gay". xxx

Reprises, seqüência e a estréia de A Lenda

Uma semana praticamente sem estréias, mas assim mesmo com alguns programas interessantes. Em termos de lançamento, a única novidade é "A Lenda" (Legende), de Ridley Scott - cineasta notável pelo rebuscamento de seus filmes ("Os Duelistas", "Allien, o Oitavo Passageiro", "Blade Runner") e que, voltando-se mais uma vez ao universo fantástico, realizou um filme de belíssimas imagens, bem recomendado pela crítica internacional.
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