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Roberto Gervitz

Quando a energia supera as deficiências físicas

"Meu Pé Esquerdo" (lançamento nacional amanhã; pré-estréia em benefício da Legião Brasileira de Assistência, hoje, 20h30m, Cine Astor) não é o primeiro e, por certo, não será o último filme a mostrar o quanto pode a força de vontade, a coragem, a disposição de enfrentar as adversidades fazer pelo ser humano. Afinal, temos o exemplo contemporâneo de Stephen Hawking, que mesmo com doenças seríssimas se tornou um dos maiores cientistas contemporâneos e autor de um livro ("Uma Breve História do Tempo") que há meses está entre os mais vendidos. Sua vida, por certo, pode dar um belo filme.

"Bird" voa e chegam comédias e o terror

Lamentavelmente "Bird", de Clint Eastwood, a profunda biografia do saxofonista Charlie Parker (1920-1955), não resistiu a mais do que 7 dias em exibição no Bristol. Teve a mesma sorte (?) que "O Amor Não Tem Sexo", do inglês Stephen Frears, cinebiografia do dramaturgo Joe Orton (1937-1967), que também ficou apenas uma semana em cartaz. Pelo visto, o público não está sabendo prestigiar filmes importantes, de idéias e que mereceriam permanecer de duas a três semanas em exibição. E ainda os que apontam Curitiba como exemplo de cidade de público culto e civilizado...

A vida (e morte) de Joe, o dramaturgo, no cinema

Enquanto "Dangerous Liaisons", a segunda versão à tela do clássico romance de Pierre Chordelos de Laclos (1741-1803) abriu no último dia 10 o 39o. Festival Internacional de Cinema de Berlim - numa confirmação do talento do inglês Stephen Frears, finalmente reconhecido nos EUA, chega à Curitiba o seu polêmico "O Amor Não Tem Sexo" (Prick Up Your Ears), realizado em 1987 e que vem causando discussões em vários países - ao mesmo tempo que promove uma redescoberta da obra do dramaturgo inglês Joe Orton (1933-1967), biografado neste filme.

"No", do paranaense Duque, venceu no RioCine

Graças a remanescentes em vídeo no sistema VHS, realizados por integrantes da hoje extinta Turma do Balão Magico (frustrada tentativa de agrupar jovens cineastas e videomakers da cidade, que teve sua fase entre 1986/87), o Paraná acabou tendo uma presença, mesmo que tímida, na parte competitiva, em vídeo, do V RioCine Festival, encerrado sábado, 19, no Rio de Janeiro. Altenir Silva (Bolinha), concorreu com seus vídeos "Morcego" (8 minutos) e "Os Agentes" (28 minutos), fotografados por Werner Schulmann, este autor de "Volk" (15 minutos), também em competição.

Cinema para ler

A bibliografia de cinema em português tem crescido, conforme aqui registramos na semana passada, em vários setores: biografias, ensaios e mesmo roteiros de filmes. Este último, pela sua própria especificidade, é ainda o que menos entusiasma os editores, pois só os que realmente se interessam por cinema - inclusive com sonhos profissionais de se tornarem roteiristas ou diretores - é que buscam volumes que tenham a transcrição de toda a parte escrita de um filme.

Violência, terror e comédia para melhoras as bilheterias

Em época de salas esvaziadas, com o público cada vez mais distante dos cinemas, só produções que tenham o tripé ação-violência-terror conseguem razoáveis bilheterias. Assim, depois de "Rambo III" e "Inferno Vermelho" (agora no Cinema I), duas das poucas grandes bilheterias dos últimos meses, temos cinco estréias capazes de darem uma reação: a violência em "Duro de Matar" (Plaza), "Nico, Acima da Lei" (Astor) e "Braddock III - O Resgate" (Palace Itália), o terror em "Príncipe das Sombras" (São João) e a comédia de "Um Príncipe em Nova Iorque" (Condor).

Uma chance de conhecer o novo cinema soviético

Poucas estréias mas, em compensação, mais um festival de filmes inéditos, vindos para exibições especiais. Desta vez "O cinema soviético dos anos 80", oportunidade para se conhecer o recente cinema da URSS, que começa a ter repercussão internacional - graças, especialmente, a política de abertura da era Grotchev e liberação de obras censuradas ao mesmo tempo que se possibilita aos realizadores maior liberdade de criação.

No campo de batalha

* Mais uma premiação para Denise Stocklos: dia 4, em São Paulo, recebeu o Troféu Lei Sarney, que veio acompanhado de um polpudo cheque de mais de um milhão de cruzados. Ganhou na categoria de teatro, por seu belíssimo trabalho, em mímica, de "Maria Stuart".
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