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Aramis

Artigo em 15.09.1978

HOJE à meia-noite, o Astor reprisará um dos melhores filmes deste ano, injustamente restrito a apenas uma semana quando de sua estréia: "Pasqualino Sete Belezas" de Lina Wertmuller. Trata-se, sem dúvida, de um dos grandes momentos do cinema político contemporâneo, com a inquieta Lina, cineasta com obra das mais respeitáveis, questionando alguns valores de nossa civilização dita Cristã e Ocidental. Um filme para ser visto e revisto, que enseja e justifica discussões. Aliás, no Astor continua em exibição "Laranja Mecânica", que apesar dos sete anos de proibição (no Brasil) somente cresceu neste tempo. Um filme vigoroso, que está atraindo um público imenso (média de Cr$ 30 mil por dia) e que, felizmente, ficará por mais sete semanas em exibição. Em cartaz também continuam "Tentáculos", (Cine São João) e "Se Segura Malandro" (Lido). Aquela que seria a mais importante estréia da semana passada, "Pai Patrão", dos irmãos Paolo e Vittorio Taviani, Palma de Ouro no Festival de Cannes-77, acabou sendo adiada, pois a comédia de Hugo Carvana ficou, por força de contrato, mais uma semana no Plaza. Onde, ontem, finalmente "Padre Padrone" deve ter estreado. Outra estréia recomendável é "O Cortiço", que o sensível e talentoso Francisco Ramalho Júnior realizou inspirado no romance de Aluízio Azevedo, com três nomes bastante popularizadas pela televisão na frente do elenco: Betty Faria, o canastrão Mário Gomes e a sensual Lia Salgado, que aparece despida numa tórrida cena de lesbianismo. Ramalho Jr. Já fez dois ótimos filmes - "Anuska, Manequim e Mulher" (baseado num conto de Ignácio de Loyola) e "A Flor da Pele" (da peça de Consuelo de Castro).
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Cinema
3
15/09/1978

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