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Aramis

Bing, Judy, Fred e outros grandes stars de Hollywood

Se Al Jolson e Dick Powell são nomes vindos dos anos 30 - e assim, passados seis décadas, naturalmente soam como arqueologia musical para os mais jovens, a coleção inclui cinco álbuns de estrelas que passaram incólumes pelas décadas de 40/50 e chegaram até, mesmo, os anos 70. Há apenas duas mulheres - Judy Garland (1922-1969) e Marlene Dietrich (Berlin, 27/12/1901), a primeira com uma ampla discografia no Brasil, mas a segunda, às vésperas de seus 89 anos, raramente presente em sua forma de cantora, ela que criou ao menos um clássico inesquecível - "Lili Marlene", embora tenha sido identificada em sua fase americana com "Falling in love again". Bing Crosby (Tacoma, Washingon, 2/5/1903 - Madrid, 14/10/1977) não precisa muitas palavras biográficas. Afinal, até sua morte, a imagem do cantor romântico, uma longuíssima carreira, tendo sido a grande inspiração de Frank Sinatra, sempre esteve em evidência. Sua discografia é imensa e neste LP estão alguns de seus maiores standards a começar por "White Christmas" (Irving Berlin), do filme "Holyday Inn" - e, mais tarde (1954) também aproveitado numa comédia musical de Michael Curtiz. É a canção que mais vendeu cópias em todo o mundo. Mas desfilam neste álbum outros clássicos, como "I Surrender Dear" (31), "Blue Slies" (1927), "Too-Ra-Loo-Ra" e "Swinging On A Star", da trilha de "O Bom Pastor" (Going my Way, 44, de Leo McCarey), reprisado há duas semanas na Globo. Fred Astaire (Frederick Austerlitz, Omaha, Nebras, 10/5/1899 - Los Angeles, 22/6/1987), a exemplo de Bing Crosby, também não precisa ser lembrado biograficamente. Fez mais de 50 filmes, entre 1933 "Dancing Lady" a "Ghost Story" (Histórias de Fantasmas, 1981), deixou centenas de gravações e a imagem do maior dos atores-bailarinos da época dourada de Hollywood. Neste álbum, estão canções que Astaire regravou em agosto de 1959. Duas canções, "The Afterbeat" e "Something Gotta Give" foram compostas especialmente por Johnny Mercer em sua homenagem. "Change Parthers" é do filme "Carefree" (Dance Comigo, 1938); "This a Lovely Day" de "O Picolino" (35); "A Foggy Day" de "Cativa e Cativante" (1937); "Can't Take That Away from Me" e "They all Laughed", clássicos, de "Vamos Dançar"(1937); "I Walk Alone, de "Nas Ondas da Marujada"; "Once For My Baby" de "Tudo Por Ti" (1940) e, a mais antiga delas, "Lady of the Evening""de "Music Box Revue of 1922". Louis Armstrong (New Orleans, 4/7/1900 - Nova York, 6/7/1971) não foi ator, cantor ou bailarino como Crosby e Astaire. Mas não existe ninguém no show bussiness mais conhecido do que este gênio negro, sinônimo do jazz e que ao longo de uma das mais dignas carreiras apareceu em 22 filmes, entre "Pennies from Heaven" (1936) a "Hello Dolly" (1969). Portanto, mais do que justa sua inclusão entre os "Stars of Hollywood", com uma seleção de temas que o cinema imortalizou - embora nem sempre em sua performance - como "Moon River" (Mercer/Mancini, de "Bonequinha de Luxo", 62). "Blueberry Hill", "A Lot of Livin To Do" e, especialmente, "Hello Dolly" (Jerru Herman), na sua despedida nas telas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
3
03/06/1990

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