A "Boca" na Manchete
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de junho de 1987
Anfrísio Siqueira, 60 anos, presidente eterno da Boca Maldita, ficou satisfeito com a reportagem de três páginas, com fotos em cores de Sergio de Souza, publicada na revista "Manchete". Com o título de "Boca Maldita - o tititi começa aqui", o jornalista Ney Bianchi fala da mais famosa instituição de boatos e fofocas de Curitiba.
Anfrísio só não gostou foi que algumas de suas declarações tivessem sido omitidas - especialmente aquelas em que criticava o ex-governador José Richa. "Mas ao menos a informação de que José Richa perdeu para os votos em branco nas nossas urnas, saiu", comenta.
A foto maior da reportagem traz Anfrísio e dois dos mais conhecidos frequentadores da Boca - o urologista Julio Gomel, ex-presidente do Atlético e Ivam Pereira. Alías, Ivam e Anfrísio também ganharam uma segunda foto, na abertura da reportagem.
O jornalista Ney Bianchi cometeu uma omissão ao não creditar o nome do compositor e publicitário Paulinho Vítola como autor da música que fala da Boca:
Pode ser gente bem, pode ser
Pode ser gente boa
Na Boca não tem pode ser, não
Pois a Boca não perdoa
A Boca falou, seu doutor/
Tá falado, sim senhor...
A Boca pichou, seu doutor
Tá pichado
Esta música para a Boca - ao que sabe, a primeira e única até hoje homenagem musical à instituição - nasceu há 14 anos, quando Paulo Vítola e o jornalista Adherbal Fortes de Sá Jr. escreveram o musical "Cidade Sem Portas", estreado no Teatro do Paiol. Adherbal, aliás, foi ao lado de Anfrísio um dos fundadores da Boca e foi quem batizou a instituição. Isto em 1956...
Enviar novo comentário