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Aramis

Murce, Atlântida & Nostalgia

Sábado, à meia-noite, na premiére de "Assim Era A Atlântida", num cinema carioca, o veterano radialista Renato Murce, 73 anos, 51 de rádio (Nacional, em sua maior parte) teve que ser atendido às pressas: a emoção de rever mais de duas décadas iluminadas do show-biz tupiniquim, na [nostálgica] antologia montada por Carlos Manga, foi demais. E assim, quase que o produtor do programa "Papel Carbono" tem um enfarte em pleno cinema. Mais tarde, já recuperado, Renato Murce, sua esposa - a atriz Eliana Macedo (a adolescente de tantos filmes, hoje uma atraente quarentona), e mais 30 antigos astros e estrelas da Atlântida, reuniram-se num jantar no Sambão & Sinhá, de propriedade do cantor Ivon Curi, hoje um dos badalados endereços do Rio. Renato Murce, que durante meio século atuou no rádio brasileiro, produzindo programas da maior importância, acaba de entregar ao editor Enio Silveira, da Civilização Brasileira, os originais de seu livro de memórias: "Nos Bastidores do Rádio", com lançamento previsto para fins de Novembro. Um pouco amargurado com o esquecimento de seu trabalho durante 30 anos na Nacional, criticando o nível de algumas produções transmitidas pelo Projeto Minerva, Murce confessa que "se em 51 anos de rádio não fiz inimigos, agora, com a publicação de meus livros de memórias, eles vão aparecer: Manoel Barcelos e Cesar de Alencar, são dois dos personagens citados, que por certo ficarão irritados com o que eu tenho para contar. Mas não importa, o fato é que eu não poderia deixar de revelar certas verdades..." xxx Francisco Carlos, "El Brôto", hoje já quarentão, conserva ainda o mesmo sorriso que deslumbrava as adolescentes de 20 anos passados. Só que, em boa hora trocou a música pela pintura, e hoje é um bem secedido artista plástico. Fada, Santoro, casada, mãe de 3 filhos, ainda conserva a beleza que a fez famosa apesar de ter atuado em poucos filmes. E Sonia Mamede, com seu jeito de Shirley MacLeine tupiniquim, ainda está graciosa. Em breve, todos eles e mais muita gente de uma fase de nosso cinema, estarão nas telas da cidade, na antologia "Assim Era a Atlântida". xxx Qualquer semelhança com "Era Uma Vez Hollywood" não é mera coincidência.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
23/10/1975

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