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Aramis

Sílvio, ator internacional

Quando uma nova versão de "O Máscara de Ferro", o clássico romance de Alexandre Dumas (1802-1870), estrelado por Úrsula Andress e Sílvia Krystel, for exibido em Curitiba, muita gente vai se surpreender ao ver na tela, em várias seqüências, um rosto muito conhecido: o economista Sílvio De Luca, gerente regional da Companhia Real de Arrendamento mercantil, aparece com longas cabeleiras e em trajes do século XVIII, em ambientes palacianos. Embora rápida, a seqüência deverá ser o suficiente para que o jovem economista seja observado com atenção. xxx Há dois anos, quando fazia curso de pós-graduação na Universidade de Viena, Sílvio De Luca ganhou alguns schillings extras trabalhando como extra em três filmes rodados na capital austríaca. O mais importante foi "O Máscara de Ferro", realizado pelo cineasta inglês Ken Annakin, com um elenco internacional, onde além de Úrsula e Sílvia, estavam Rex Harrison, Lloyd e Beau Bridges, respectivamente. Durante 10 dias, Silvio vestiu trajes de nobres, chapéu emplumado e filmou em seqüências feitas no interior do Palácio de Chambroum - um dos mais turísticos pontos de Viena, famoso por ali ter vivido a princesa Elisabeth - a "Sissi", personagem de uma série de filmes de grande sucesso dos anos 50. xxx ao final do trabalho, Sílvio já era amigo de Sílvia Kristel e B Bridges, além de ter merecido simpáticas atenções do diretor Annakin. Úrsula, em compensação, nunca lhe dirigiu a palavra, apesar de ele falar, bem, inglês, e alemão. Depois, Silvio trabalhou como extra em duas produções austro-alemãs, "Standart", com Romy Schneider - um drama de guerra e "Ausnahme", filme de fundo político. xxx Ex-divulgador dos discos Copacabana em Curitiba, Sílvio está agora trabalhando no grupo Real e apesar de ter estampa para fazer também sucesso no cinema nacional, prefere a segurança da economia do que o brilho fácil - mas pouco rentável - das telas iluminadas. A experiência cinematográfica de Viena fica apenas como lembrança dos dias inesquecíveis em que lá viveu.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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23/02/1978

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