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Sharp faz a maior premiação musical

Mais do que uma grande promoção em favor da música brasileira, o Prêmio Sharp de Música Popular - Troféu Vinícius de Moraes, que chega ao seu final, na noite de terça-feira, 31, com a entrega dos troféus aos escolhidos nas categorias (Teatro D. Pedro I, Hotel Nacional, Rio de Janeiro) é um (primeiro) passo para que se possa ter, no Brasil, uma distinção anual com a mesma dignidade que faz do Grammy ter hoje, para a música, o mesmo peso, que o sexagenário Oscar tem para o cinema. Só mesmo uma pessoa extremamente apaixonada pela nossa música como o jovem executivo José Maurício Machline, compositor com várias canções gravadas, poderia idealizar um projeto desenvolvido em bases tão sólidas. Um júri formado por 24 jornalistas, críticos e artistas, após quatro meses de exame de 90% da produção fonográfica lançada em 1987 (infelizmente, só ficaram de fora os discos independentes, não localizados seus produtores) para a escolha em várias categorias. José Maurício Machline formou um grande conselho para supervisionar a promoção, presidido por Mário Henrique Simonsen; Dorival Caymmi, Luís Gonzaga, Júlio Medaglia e Paulo Moura, mais Ricardo Carvalho e o jornalista Zuza Homem de Melo. No corpo de jurados, tivemos a honra de participar, ao lado de outro paranaense, Adelzon Alves (há 24 anos radicado no Rio). No júri, pela ordem alfabética, estiveram Antônio Augusto de Carvalho Pinto (Tutinha, dono da Jovem Pan, de São Paulo), Artur Moreira Lima, Diogo Pacheco, Dominguinhos, Dori Caymmi, Francisco de Assis, Glória Beutenmuller, Hermínio Bello de Carvalho, José Maurício Machline, Marilia Pera, Maria Vieira Figueiredo Cunha (Martinha), Maurício Kubrusly, Nelson Baptista Neto, Nelson Motta, Ricardo Cravo Albin, Rolando Boldrin, Sérgio Cabral, Tarik de Souza, Ugo Fattoruso, Victor Martins e Zuza Homem de Melo. A festa de entrega dos troféus destina-se a ser um dos acontecimentos musicais do ano, pelo requinte da produção - nome dos participantes e, especialmente, o significado do grande homenageado: Vinícius de Moraes. A atriz Carla Camurati, em mais uma prova de ecletismo (no ano passado estreou como cineasta dirigindo o curta "A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal") é a diretora do espetáculo, com produção geral da agência Manduri 35, com parte executiva de Bia Aydar e roteiro de Ricardo Carvalho. A apresentação do evento será conduzida pelos atores Raul Cortez e Thales Pan Chacon, mais as atrizes Bruna Lombardi, Carla, Cláudia Magno, Debora Bloch, Glória Pires, Lúcia Veríssimo, Lucinha Lins e Malu Mader. A parte musical teria que ser a altura da importância do evento e da dimensão de Vinícius. Assim, passarão pelo palco do teatro do Hotel Nacional, ex-parceiros de Vinícius - Baden Powell, Toquinho, Carlos Lira, Edu Lobo, e Francis Hime, cantoras como Beth Carvalho, Elizeth Cardoso, Leny Andrade, Maria Creusa, Gal Costa, Marilia Medalha, Marina, Sandra Sá, mais Caetano Veloso, Emílio Santiago e Fábio Júnior. Enfim, uma seleção nota 10 - num espetáculo que, até o momento, não sabemos se será transmitido ao vivo pela televisão. Entretanto, um evento histórico que ao menos em vídeo deverá perpetuar o mais importante investimento feito pela valorização de nossa MPB. LEGENDA FOTO - Vinícius de Moraes
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
28/05/1988

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