A imagem que o público tem, erroneamente, dos meios artisticos,é de que as ligações cunjugais são tão efemeras quanto uma produção de sucesso. Curitiba, felizmente, se tem de um lado um pobre vida artistica em termos teatrais, tem exemplos dos mais saudáveis casamentos dos que se dedicam à nossa ribalta.

Se entre as muitas funções/finalidades do teatro, que o faz a mais antiga, viva e completa das artes, está o sentido de que o dramaturgo é, antes de tudo, um repórter de seu tempo e, sobretudo, dos homens, sentimentos & pensamento, é difícil, movediço mesmo, tentar estabelecer comparações sobre o que é mais importante e o que é melhor ser feito/visto/discutido em cada momento.

Depois de estrear na Penitenciária de Piraquara, o Grupo de Teatro "Nós" formando por moradores de vários bairros de Curitiba, levará ao público a peça de autoria de Roberto Martins, o "Auto de Nascimento da Criança", cuja temática se desenvolve em torno do nascimento de Cristo de forma bastante atualizada, discutindo inclusive certas disposições históricas e procurando fugir dos chavões natalino que se repetem a cada ano e a cada montagem de atos de Natal.

Com "O Avião parte às cinco", de Manoel Carlos Karam, peça que estréia sexta-feira no Teatro do Paiol, o Teatro Margem completa duas dezenas de espetáculos em cinco anos de atividade. Surgido no começo de 1973, naquele mesmo ano o grupo (arrendou( o Teatro de Bolso, hoje demolido. Permaneceu ali durante um ano, produzindo intensamente. Depois, prosseguiu com espetáculos em outros teatros. Nos últimos anos, montou "Doce Primavera", "Bicho de Sete Cabeças" e "Céu da Boca".