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Wagner Tiso

Lançamento: Vania, irmã de Beth Carvalho

A família Carvalho, do Rio de Janeiro, está provando que é das mais musicais: primeiro foi Beth, moça bonita, que apareceu nacionalmente ao classificar "Andança" (Paulinho Tapajós - Edmundo souto) na parte nacional do Festival Internacional da Canção, no Maracananzinho, há quase dez anos.

Discos do Ano

Entre tantos fatos importantes que tem marcado a música brasileira nesta década, justificando a atenção que se deve dar à essa forma tão importante de manifestação artística e de exteriorização da sensibilidade e cultura de nosso povo, consideramos, sem dúvida, como uma das mais importantes o fato de, finalmente, um compositor-intérprete como Milton Nascimento ter deixado a condição de artista admirado apenas por uma minoria e passado a ser curtido consumido em grandes proporções.

Discos do Ano

Paulo Moura, 42 anos, 23 como músico profissional, é um exemplo representativo da situação do instrumentista no Brasil. Considerado, por gregos e troianos, como um dos melhores músicos brasileiros e, até hoje, um nome praticamente desconhecido fora dos círculos iniciados em música instrumental. Para sobreviver, Paulo desdobra-se entre atuações em diferentes orquestras, sessões de gravações, aulas particulares e também no Instituto Villa-Lobos, além de clarinetista na Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Novos Compositores

A Tapecar, pequena gravadora que, pouco a pouco, vem formando um dos melhores catálogos de emepebe, lançou em seu último suplemento (junho/76), dois elepes que transportam o ouvinte sensível como uma máquina do tempo, 14 anos passados - na melhor fase da Bossa Nova. Um deles foi o elepe de Bebeto, flautista, baixista, compositor e cantor, ex-integrante do Tamba Trio - e que aqui registramos há duas semanas. O segundo é de um nome mais desconhecido, do qual, infelizmente, são raras as informações: Pacífico Mascarenhas.

Vocalistas - Maria, Flora, Joan etc.

Uma nova fornada de discos de vocalistas nacionais e estrangeiros, em diversos estilos e gêneros. A baiana Maria Creusa, que admiramos desde a sua pouco conhecida estréia em LP, há oito anos passados ("Apolo 11", Discos JB, Salvador, 1969), melhora sempre a RCA Victor lhe dá um tratamento especial. "Meia Noite" (Victor, 110.0014, março/77) a traz em plena forma, com um repertório muito bem cuidado, com arranjos divididos entre Luiz Eça, Antônio Adolfo, Waltel Branco e Geraldo Vespar.

Os bons baianos e a suave nostalgia de Jards Macalé

São muitos, e sérios os motivos que nos fazem admirar, como muitos outros brasileiros, o cantor-compositor Paulinho da Viola. E ao seu talento de criador de algumas das mais belas músicas de nosso cancioneiro, belíssima voz, trabalho de produtor que busca valorizar gêneros musicais que estão injustamente esquecidos - como o choro, ou dando uma promoção nacional a anônimos (e maravilhosos) compositores dos morros cariocas, soma-se também a uma salutar influência sobre muitos artistas jovens, que no contato com o seu trabalho tem encontrado novos (e positivos) caminhos para a MPB.

O eruditor-popular de Gismonti e a grande ternura de Johnny Alf.

"Se Vinícius de Moraes existe tudo é permitido". (Nelson Rodrigues) Se não fosse um dos três maiores poetas deste País, excelente compositor e grande amigo, Vinícius de Moraes já estaria na história de nossa MPB pôr um fato: o de ter libertado o compositor da necessidade de boa voz para poder interpretar suas canções. Há dois anos, ao longo de um Shevas o Regal, o poetinha confessava: "Eu comecei a cantar somente para dar as minhas músicas a interpretação que eu achava que elas mereciam. Só por isso..."
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