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Sérgio Ricardo

Abertura (Opus 4)

Apesar da imparcialidade com que a Rede Globo de Televisão organizou "Abertura" (Festival da Nova Música Brasileira), a quarta eliminatória (TV Iguaçú, terça-feira, 21 às 22,45 horas) foi, sem favor nenhum, o espetáculo mais vigoroso das quatro sessões em que se dividiram as apresentações das quarenta concorrentes.

O Cineasta Sérgio Ricardo (III)

Como é importante conhecer o pensamento do cinesta Sérgio Ricardo - assim como é fundamental assistir o compositor e cantor Sérgio Ricardo em seu show no Paiol (até domingo, 21 horas), vamos transcrever mais alguns trechos da lúcida entrevista que ele deu a Geraldo Mayrink, de "Veja", há 3 anos, mas ainda atual:

O exemplo vem do Norte

Enquanto em Curitiba um grupo de músicos e compositores vem se reunindo há duas semanas ( Teatro do Paiol, às segundas-feiras, à partir das 20 horas) na tentativa "de encontrar uma saída estética e política que posicione o Paraná no mapa da MPB", em Londrina, onde desde 1968 a Universidade Estadual promove importante Festival Universitário de MPB, um grupo estudantes organizou um espetáculo destinado a demonstrar como está a criação sonora na região.

O Evento musical de 74

Há exatamete um ano, em nossa página dominical de O ESTADO, famos o primeiro jornalista brasileiro a publicar, em detalhes, o projeto do record-man Aloysio de Oliveira , então recém-chegado dos Estaduso nidos, onde havia permanecido quase 10 anos em lançar uma nova etiqueta: O Evento. Ex-integrante do grupo Bando da Lua (1929-1955) - o que obrigou a sua permanência nos Estados Unidos durante muitos anos, narrador de documentários e filmes dos estúdios de Walt Disney e, sobretudo, o mais experiente e caprichoso produtor artístico brasileiro.

Uma [Ópera] Jagunça

Uma [Ópera Jagunça] é a mais feliz e correta definição de "A Noite do Espantalho" (Cine Scala, hoje, 4 sessões, último dia em exibição) um dos mais belos e inteligentes filmes já realizados no Brasil - país onde, infelizmente, dificilmente será compreendido em toda sua dimensão. Sergio Ricardo, 41 anos, 3 longa-metragens, compositor-cineasta-cantor, realizou este filmusical mágico e fantástico consciente dos riscos financeiros do empreendimento (Cr$ 1.108.000,00) e de que apenas uma reduzida faixa de espectadores aceitaria a sua linguagem inovadora.

Otto & o Festival Volante de nosso cinema

Escolhido para coordenar a produção-executiva as duas mais importantes co-produções Brasil-França em 1975 - o aguardado e já lendário "Polichinelo" de Jean-Gabriel Albicoco e o político "Um animal Desprovido de Razão", de Pierre Kast, o [gaúcho] Otto Engel, 38 anos, ex-Jornal do Brasil, correspondente da Rádio e Televisão Alemão para a América do Sul e produtor de "A Noite do Espantalho" (Cine Scala, 4 sessões diárias) está entusiasmado com o novo projeto: a realização do Festival Volante do Cinema Nacional.

Artigo em 26.11.1974

Junto com o Quarteto em Cy e Toquinho (Teatro do Paiol, 10 a 25 de dezembro) virá a Curitiba, uma cantora que, na opinião do produtor Roberto Santana, será a grande sensação de 1.975: Fafá de Belém (Maria de Fátima Palhares, 19 anos, paraense de Belém) - música misto de Joan Baez e Gal Costa, mas com muitíssima personalidade.

O espantalho de Sergio

"A Noite do Espantalho" (cine Scala, a partir do dia 7) além de se constituir na mais importante estréia do cinema nacional em 1974, é também um filme que demonstra que não é fácil aos autores honestos e realmente criativos desenvolveram os seus trabalhos. Pois este filme que Sérgio Ricardo escreveu, dirigiu e musicou - e para cujo lançamento vem [à] cidade, aqui chegando na terça-feira, com o produtor Otto Engel - constituíam desafio há 10 anos.

A importância das reedições (Chico, Nelson, Jacob e outros)

Quando insistimos na importância das reedições, o fazemos pela consciência que temos de que somente se conhecendo e divulgando [os] importantes períodos de nossa música popular poderemos despertar em novas faixas de público (e gerações), o entusiasmo, o amor, o respeito pelos nossos compositores, intérpretes e instrumentistas - durante anos esquecidos e anônimos em seus trabalhos rotineiros em rádios, estúdios, e orquestras de bailes - mas altamente criativos e que só agora, mercê do trabalho de pesquisadores como Ricardo Cravo Albim, J. L.
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